Gabri Veiga defende a Arábia Saudita: "Cultura futebolística vem de há muito tempo, não é desde que o Ronaldo chegou"

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Gabri Veiga defende a Arábia Saudita: "Cultura futebolística vem de há muito tempo, não é desde que o Ronaldo chegou"
Gabri Veiga com a camisola do Al Ahli
Gabri Veiga com a camisola do Al AhliGetty Images via AFP
O futebolista galego deu uma entrevista ao "Diario AS" em Porriño, o seu local de origem, onde se encontra atualmente a recuperar de uma lesão. Mudou-se para a Arábia Saudita, numa transferência que surpreendeu.

Gabri Veiga (21 anos) decidiu partir ainda muito jovem, quando saiu do Celta de Vigo.

"No início, foi difícil, porque é sempre difícil sair de casa, sobretudo para um miúdo como eu, que está em casa desde muito novo e nunca tinha saído. Mas agora estou muito bem adaptado à casa, à equipa, a todos os empregados... Estou a melhorar o meu inglês, especialmente com a minha namorada. No final, também temos muitas visitas durante o ano. E tenho a certeza que quando voltar vou estar muito mais adaptado do que no início e tudo vai ser muito mais fácil", disse.

A primeira saída acabou por ser para a Arábia Saudita. Uma mudança em relação à Espanha onde nasceu e viveu.

"É um pouco diferente. Talvez em Espanha haja mais tradição de ir a bares. Na zona onde vivo, que fica perto do mar, há praias privadas, há centros comerciais como aqui. No fundo, é o mesmo mundo. Embora possa parecer que estou longe, muitas vezes é como aqui. É verdade que não há tanta gente durante o dia, porque com todo o calor, que nesta altura do ano se torna mais extremo, é por volta das 19 ou 20 horas que há mais gente na rua", disse.

Durante a conversa com o Diario AS, Veiga sublinhou que o futebol não é algo que se tenha tornado moda nos últimos tempos na Arábia Saudita: "Talvez seja o país da Ásia, a par do Japão, onde há mais cultura futebolística. Vê-se que não é uma questão de dois ou três anos, desde que o Cristiano Ronaldo chegou, mas que vem de há muito tempo. Talvez agora seja mais visível, por razões óbvias, mas na rua vêem-se crianças com a bola na mão para irem jogar, que é o que se está a perder em Espanha. Vemos crianças com camisolas do Real Madrid, do Barcelona, do Manchester City, da seleção nacional... É uma coisa bonita de se ver e fico contente por ser assim".

O médio espanhol elogiou também o nível dos jogadores sauditas.

"Na verdade, passei uma época na liga espanhola, jogando alguns jogos nos anos anteriores, e posso dizer que estou bastante surpreendido com o nível dos jogadores da liga saudita. Muitos deles já estão a competir com as melhores equipas do mundo. Todos nós conhecemos o nível de Mahrez, Cristiano, Benzema..., mas os jogadores sauditas também têm um nível bastante elevado", afirmou sobre o nível da liga em que joga atualmente", atirou.

Por fim, recordou o momento em que decidiu assinar pelo Al-Ahli.

"Bem, com calma, porque no mundo do futebol nunca se sabe o que pode acontecer, mas nunca perdi a cabeça. Há uma altura em que temos de refletir sobre o que é melhor para nós e o que não é, sobre os prós e os contras. No final, estava tudo calmo. Acho que sou um tipo bastante maduro e não vou perder a cabeça em nenhum momento", recordou.

Os números de Gabri Veiga
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