O internacional português Otávio recordou, numa entrevista ao jornal O Jogo, o processo que o levou a rumar ao campeonato saudita.

"No início tive uma proposta de 40 milhões de euros, mas divididos. Era o valor da cláusula da altura, mas, lá está, dividido. Falei com o presidente, que seria bom para toda a gente, porque tinha renovado dois anos antes e essa era a promessa: renovava, ajudava o clube e, quando tivesse uma proposta boa, o clube também me ajudaria. Sabia que era um momento crítico do FC Porto e, quando o presidente disse que não, eu respondi: ‘Tudo bem’. E fui embora. Uma conversa simples. Era a proposta da minha vida", explicou o médio.

"Depois, nem esperava uma proposta de 60 milhões. A verdade é que o presidente foi inteligente. Não sei se ele tinha alguma notícia ou sabia que eles iriam pagar, mas eu achei que ia continuar. Mas uma proposta de 60 milhões de euros é muito boa. Penso que fui a maior venda do FC Porto. Era difícil para o clube recusar, mesmo com o valor dividido... O FC Porto aceitou os 60 milhões e foi bom para toda a gente. (...) Pelo valor que ia receber e pelo projeto do Al Nassr, era impossível recusar", sustentou.

Confrontado com a possibilidade de regressar aos dragões no futuro, Otávio revelou a conversa que teve com o presidente dos dragões Jorge Nuno Pinto da Costa.

"Eu disse ao presidente: ‘São três anos e, se quiser, assinamos já o contrato para voltar’. Claro que foi na brincadeira, mas sempre com aquele carinho de poder regressar. Nem que seja para o último jogo. Um dia quero voltar ao FC Porto e, se Deus quiser, vai acontecer", atirou.