Jogo da semana: Roma 2-4 Inter
O jogo mais divertido do fim de semana e provavelmente um dos melhores dos últimos tempos. A Roma de Daniele De Rossi mudou a sua identidade, agora joga melhor e está convencida de que pode enfrentar qualquer um, mesmo a equipa mais forte do campeonato.
E foi o que aconteceu na tarde de sábado contra o Inter. No passado, os Giallorossi costumavam chegar aos jogos importantes com uma espécie de medo reverencial, convencidos de que não eram suficientemente fortes; De Rossi, em menos de um mês, mudou a natureza da equipa Giallorossi.
Sábado à tarde, no Estádio Olímpico, Lorenzo Pellegrini e os seus companheiros fizeram um excelente jogo, liderados pelo capitão e por Stephan El Shaarawy, mas foram obrigados a render-se ao talento do Inter, neste momento uma equipa simplesmente superior a todas as outras.
Os Giallorossi começaram melhor, estiveram perto de marcar em duas ocasiões, mas Francesco Acerbi marcou o golo da vitória de forma bastante feliz e fortuita. Depois, uma reação veemente da Roma - um livre perfeito cobrado por Pellegrini, Gianluca Mancini a cabecear e a marcar. Pouco depois surgiu também o golo da vantagem, num contra-ataque conduzido por Pellegrini e finalizado da melhor forma possível por El Shaarawy, com um remate incrível. Sem dúvida, a melhor Roma da época nos primeiros 45 minutos.
Na segunda parte, no entanto, o Inter voltou a entrar em campo mais convicto e aproveitou uma grave desatenção de Bryan Cristante e Leandro Paredes, que pretendiam protestar por um livre no centro do terreno. Os nerazzurri cobraram rapidamente o livre encontrando o meio-campo descoberto e assim surgiu o golo do empate.
Pouco depois surgiu o terceiro golo, um autogolo de Angeliño na tentativa de impedir Marcus Thuram de enviar a bola para a baliza. No final do jogo, surgiu também o quarto golo, num contra-ataque fechado por Alessandro Bastoni, mas enquanto estava 3-2, Romelu Lukaku teve duas grandes oportunidades para marcar o golo do empate, mas falhou ambas. A Roma orientada por De Rossi está crescendo, mas a Inter de Simone Inzaghi é forte demais para os outros.
Jogador da semana: Charles de Ketelaere
Olhando para ele agora, parece estranho que ele possa ser o mesmo jogador tímido e desajeitado visto com a camisa do AC Milan. O belga floresceu sob a orientação de Gian Piero Gasperini e, entre golos e assistências, está a dominar na Atalanta.
O ex-jogador do AC Milan foi um dos melhores em campo na partida dos Bergamaschi contra o Génova no domingo. O primeiro golo foi marcado pelo próprio De Ketelaere, com um remate incrível, parado com um pé e depois finalizado no canto com o outro. Um perigo constante para os adversários, um ponto de referência para os homens de Gasperini, ele é o homem de destaque da Atalanta no momento, e o mérito é do seu treinador, que realizou mais uma obra-prima ao regenerar um jogador que parecia perdido.
Com um De Ketelaere como este e Ademola Lookman de regresso da CAN, o quarto lugar parece agora destinado à Atalanta. Os outros candidatos a uma vaga na Liga dos Campeões terão de fazer uma campanha incrível para recuperar terreno.
Surpresa da semana: Juventus 0-1 Udinese
Inacreditável, mas verdadeiro. A Juventus pode ter perdido terreno para sempre na corrida pelo Scudetto ao perder em casa, diante dos seus adeptos, com a Udinese, a segunda pior equipa do campeonato em termos de vitórias, com apenas três. Foi uma grande oportunidade perdida pelos Bianconeri, que apesar de já saberem o resultado do Roma-Inter conseguiram a proeza de perder.
Sem Dusan Vlahovic, Max Allegri confiou em Federico Chiesa e Arkadiusz Milik, mas os dois avançados não estiveram de acordo com as expectativas do treinador, fazendo um jogo muito pobre. Todos os jogadores da Juventus foram culpados, no entanto, isso deve ser dito. Adrien Rabiot, Manuel Locatelli, Weston McKennie, Bremer, Chiesa, Timothy Weah, Milik, são todos jogadores de topo, mas não foram capazes de levar a melhor sobre uma equipa em grande dificuldade como a Udinese.
É certo que as equipas de Allegri não praticam um futebol ofensivo e não permitem que os jogadores mais talentosos ponham em campo todas as suas qualidades técnicas, mas alguns jogos devem ser ganhos, nem que seja pela experiência. É claro que o devido crédito deve ser dado aos rapazes treinados por Lele Cioffi, que graças ao golo de Lautaro Giannetti produziram uma verdadeira obra-prima e saíram momentaneamente da zona quente da classificação. Bravo Udinese, mas querida Juventus, isto não é suficiente.
