“É um tema delicado e pessoal, mas vou tentar ser o mais aberto possível sobre ele. Aconteceu há 30 anos, quando estava emprestado pelo Juventude ao Grémio. Tenho uma vaga lembrança do que aconteceu, fiquei 20 dias para tirar o passaporte. Íamos jogar uma partida, subiu uma menina ao quarto, que era onde eu estava com outros jogadores. Era um quarto duplo. Foi a minha participação neste caso, estou totalmente inocente, não fiz nada”, começou por explicar o novo treinador do Corinthians, prosseguindo com a defesa: “Falam em violação, mas a pena foi só um ato sexual contra uma pessoa vulnerável (menor de idade). Ouve-se um monte de coisas que não são verdades e que chegam a ofender. Já era casado com a Regiane, com quem estou até hoje, venho de uma casa onde sou o único homem e respeito todas as mulheres, nunca encostei o dedo indevidamente a uma em todos estes anos que estou no futebol. Se a vítima disse que eu não estava, como posso estar a ser condenado pela internet?”.

O caso remonta a 1987, quando o Grémio estava a fazer uma digressão pelo futebol europeu. Cuca, Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoldi foram detidos em Berna por alegadamente terem tido relações sexuais com uma menor de 13 anos, sem consentimento. Segundo a investigação policial, a jovem estava com uns amigos perto do quatro dos jogadores quando foi puxada para dentro de abusado.

Os quatro estiveram um mês detidos em Berna e acabaram por sair em Liberdade. Cuca, Eduardo e Henrique foram sentenciados a 15 meses de prisão por atentado ao pudor com uso de violência, Fernando foi unicamente condenado por envolvimento no ato de violência. Uma vez que estavam no Brasil e não podia ser extraditados, não cumpriram a sentença.