Com o resultado, o Santos foi despromovido à segunda divisão pela primeira vez na sua história, na sequência de um conjunto de resultados altamente improvável na última ronda, com Bahia e Vasco a baterem Atlético-MG e Red Bull Bragantino, respetivamente.
Recorde as principais incidências da partida
O Peixe terminou a competição com 43 pontos e na 17.ª posição da tabela. Foi o quinto jogo seguido sem vitórias, com três derrotas seguidas. Um fim de temporada absolutamente cruel para os adeptos do emblema da Vila Belmiro, que não esperavam tamanha desilusão no ano seguinte à morte de Pelé, o Rei do Futebol e maior ídolo da história do clube.
O Fortaleza, sem nada a ver com estas contas, terminou a temporada em 10.º lugar, com 54 pontos, e com passaporte para a Taça Sul-Americana.

Tragédia na Vila Belmiro
É difícil descrever o sentimento do adepto santista que, incrédulo, a acompanhar uma equipa apática a não conseguir impor-se diante de um Fortaleza que deu espaços, mas apresentou-se de uma maneira que o Peixe jamais conseguiu ser nesta temporada: organizado.
No primeiro tempo, o golo de Marinho, ex-jogador do Santos, foi o primeiro balde de água fria. E os resultados eram completamente desfavoráveis, com o Bahia a não facilitar na receção ao Atlético-MG na Fonte Nova e o Vasco a vencer o Bragantino em São Januário.

A esperança no segundo tempo renasceu com o golo de Messias. Mas foi muito pouco. Houve um momento em que o Santos celebrava a permanência, mas pelo empate do Bragantino em São Januário.
Quando o Vasco desempatou a partida, mesmo com a faca no pescoço, o Peixe sucumbiu. Para um adepto que cresceu com o mito de Pelé na famosa Vila, craques do calibre de Neymar e tantos outros ídolos do passado, presenciar o que aconteceu na última madrugada foi assustador. Recorde-se que o Santos dependia apenas de si.
Confusão, choro e protestos
Como era esperado, o cenário na Vila Belmiro foi desesperador. Ao perceber a confusão que estava a caminho, a arbitragem decidiu pelo encerramento da partida. Cadeiras quebradas, protestos, choro e revolta. Todo um misto de sentimentos.
Da violência exacerbada à tristeza absoluta. Todos perdem, não importa quem seja. Um clube do tamanho do Santos está a pagar pelas administrações incompetentes acumuladas ao longo dos últimos anos. Chegou agora a conta.