“Pessoalmente, não conheço o mister (Rudi García), tenho pena pelo mister (Luciano) Spalletti ter saído porque foi, ao fim ao cabo, era o número um da equipa e aquele que nos ajudou a conseguir este objetivo”, disse à agência Lusa o internacional português.
Instado a comentar a escolha do clube italiano em Rudi García para comandar o plantel do Napoli na próxima época, Mário Rui disse ser “um treinador muito bom”, que, à semelhança de Spalletti, “gosta também de jogar futebol”.
Por isso, acrescentou, “espero que seja um ano tão importante como foi este ano” em que o Nápoles conquistou o título de campeão de Itália.
Mário Rui falava à agência Lusa à margem do evento solidário “Sines, Corre Mais”, promovido pela associação Mais Inclusão, que visa promover a inclusão pela prática desportiva e apoiar crianças e jovens social e economicamente desfavorecidos do concelho de Sines, no distrito de Setúbal.
“Foi incrível porque há mais de 33 anos que o Nápoles não conseguia alcançar um objetivo deste género e alcançar (este título) depois do Maradona foi um feito inacreditável, um sonho de carreira tornado realidade”, reconheceu.
O jogador, natural de Sines, adiantou ainda à Lusa que a vitória do campeonato, em maio deste ano, é festejada pelos adeptos “há mais de um mês, nas ruas e por toda a cidade” e que o feito continuará a ser assinalado “até ao início do próximo campeonato”.
Não sendo o Nápoles o principal candidato e, apesar de a equipa “ter perdido jogadores importantes”, o clube “esteve muito bem em contratar outros jogadores tão ou mais importantes ainda”.
“No início da época ninguém dava por nós. Estávamos em sexto ou sétimo da classificação, mas depois conseguimos contornar essas adversidades e acabar por ganhar o título, que foi a coisa mais importante”, sublinhou o jogador.
Também o facto de ser “uma equipa muito jovem, com muita ‘fome’” e de ser “um sonho dos mais antigos da equipa” serviu de motivação para o plantel, apontou.
Sobre a sua permanência no Nápoles, Mário Rui, lembrou a ligação contratual com o clube por “mais dois anos” que espera respeitar. “Para já o objetivo é esse. Ainda tenho mais dois anos de contrato. Embora não se saiba o dia de amanhã, contratualmente ainda tenho mais dois anos de contrato e espero respeitá-lo”, acrescentou.
Questionado sobre o facto de não fazer parte do lote de jogadores escolhidos pelo atual selecionador Roberto Martinez, o lateral esquerdo do Nápoles, reconheceu que a “seleção é sempre um objetivo” para qualquer jogador.
“Sendo português claro que o objetivo maior é jogar na seleção, mas respeitando sempre ao máximo as escolhas do treinador e esperar que chegue outra vez essa oportunidade e tentar desfrutá-la quando essa ocasião chegar”, concluiu.