"No que diz respeito à disputa entre a Liga e a Federação eu teria cuidado, tenho uma óptima relação com muitos presidentes. Depois, há indivíduos que pensam que podem gerir o mundo do futebol como lhes apetece. Estou a referir-me a Lotito e ao lotitismo", atirou.
"Quando falamos de autonomia temos de compreender como é possível que em Itália algumas personagens façam parte do Conselho Federal, da assembleia da Serie A e ele seja senador, membro da comissão de finanças, proprietário de uma equipa... falamos de autonomia, mas é um princípio ligado ao respeito", explicou.
"Falar de desvios autoritários é uma falta de respeito institucional. É curioso constatar que, até há poucos meses, a Federação era considerada estática, incapaz de efetuar reformas, e agora que promove um plano estratégico, torna-se subitamente autoritária", acrescentou Gravina em resposta às declarações do presidente da Série A, Lorenzo Casini.
"Confunde-se com o exercício da democracia. A federação deve adaptar-se ao quadro regulamentar e aplicá-lo", explicou Gravina.
Recuperar o entusiasmo
"Temos de devolver aos adeptos italianos o entusiasmo que diminuiu após a vitória no Europeu e que foi forte e decisivamente afetado pelo fracasso na qualificação para o Mundial no Catar. Temos o dever de devolver esse entusiasmo aos adeptos italianos", concluiu o presidente da Federação a propósito do próximo Europeu.
Sobre o facto de a Itália não ter regressado aos Jogos Olímpicos, Gravina admitiu: "Eu vivi os Jogos Olímpicos, fui chefe da delegação sub-21 em 2004, em Atenas, onde ganhámos uma medalha pela primeira vez em 68 anos. Foi uma das experiências mais bonitas da minha vida".