O administrador da SAF (equivalente brasileiro da SAD) do Botafogo explicou que os processos envolvendo a criação da Liga estão muito lentos, segundo o norte-americano A falta de celeridade é o principal ponto de insatisfação de Textor. A situação económica do clube também o pressiona para a tomada de decisão.
"Prometi trazer este clube de volta à estabilidade ao longo de um período de três anos. Já estou a metade desse tempo e não estou nem perto da sustentabilidade económica. Quando vejo prazos do pessoal de Libra, não posso ignorar isso. E por qual razão? Por esses argumentos e velhas discussões de cinco anos atrás. Não tenho paciência para isso. Eu respeito a história do Brasil, mas estou cansado de esperar", disse John Textor ao GE.
Além do Botafogo, Vasco e Cruzeiro se recusaram a assinar um memorando de entendimento com o fundo de investimento árabe Mubadala. A proposta antecipa valores para membros da Libra em troca de um percentual dos direitos de transmissão da futura liga brasileira.
A decisão da dupla carioca e do clube mineiro provoca um divisão interna dentro da Libra, que ainda possui 17 equipas após a saída do clube de Textor. O empresário apontou que os desentendimentos entre os clubes ainda são significativos.
"Estou pronto para fazer negócio. Mas uma liga unificada não pode ter os desentendimentos que estão acontecendo entre os clubes. E a maioria deles estão relacionados com uma história de que eu não fazia parte. Velhas discussões com as quais eu não tinha nada a ver, eu nem estava no Brasil". desabafou.
Recorde-se que a Libra é uma tentativa de união dos clubes brasileiros do primeiro e segundo escalão para fazerem negociações em conjunto, defendendo interesses coletivos. O principal foco dessa negociação, neste momento, é a venda dos direitos de transmissão ao fundo Mubadala.