A Roma, na luta por um lugar na Europa, não foi além de um empate (1-1) em casa do Monza, e José Mourinho, aos microfones da DAZN, não podia estar satisfeito.
"A concentração tem sempre a ver com a condição física. Se perdermos a concentração, caímos em desempenhos difíceis", disse o treinador da Roma.
"Há alguns que sofrem muito com o cansaço e jogam o tempo todo, como Pellegrini, Mancini, Cristante, que avançam mais por orgulho. Há muitas dificuldades, há atletas que jogam mas não têm qualidade para este nível, o banco não existia. Sabíamos que ia ser difícil, mas os rapazes deram o seu melhor. Foi um resultado justo para o jogo, nenhuma das equipas merecia ganhar", defendeu o treinador português, que não poupou críticas ao árbitro.
"Hoje tivemos com o pior árbitro que já encontrei em toda a minha carreira, e já encontrei alguns maus árbitros. Quando se diz que o árbitro influencia o resultado, não é verdade, mas é difícil jogar com alguém como ele, porque tecnicamente é horrível e do ponto de vista humano não é empático. No final expulsou um jogador que escorregou porque estava muito cansado, aos 90+6 minutos. É uma limitação da Roma enquanto clube, porque não dizemos que não queremos um árbitro. Parei a 30 minutos do fim porque sabia que ele me ia dar um vermelho. A Roma também tem de crescer neste aspecto, não temos esse ADN e por isso torna-se difícil. No sábado defrontamos uma super equipa e não posso deixar de estar com os rapazes, por isso evitei intervir e correr o risco de levar um vermelho. No final do jogo nem o quis ver, fui-me embora mais cedo", explicou José Mourinho, que também lamentou os inúmeros problemas físicos na equipa.
Recorde as incidências do Monza-Roma
"Se tiveres muitos jogadores disponíveis, podes dar-te ao luxo de fazer rotações, como o Inter, que muda de avançados ou de médios todos os jogos. Nós não somos assim. Há outras equipas que saíram logo das competições europeias, que jogam uma vez por semana de uma forma horrível, nós não somos assim. Foram outras equipas que não se qualificaram para as competições europeias, não fomos nós. Somos a única equipa que não tem plantel para estar onde está: meia-final da Liga Europa, duas pré-eliminatórias e está a disputar um lugar na Liga dos Campeões. Se virmos o número de jogos que El Shaarawy ou Smalling fizeram nos últimos anos, não chegam a esses números, é um cansaço excessivo. Os rapazes merecem que eu esteja com eles até ao final da época, estou orgulhoso por trabalhar com eles", finalizou o treinador da Roma.