"Luis Enrique quer ir para a Premier League, nós competimos com Ligas que são mais atrativas do que a nossa. Posso dizer-lhe que lá não há golfe e não se come tão bem como no nosso país, mas mais do que isso...", afirmou num programa da RAI o presidente do Nápoles, deixando claro que há complicações para chegar ao treinador que mais lhe agrada para substituir Luciano Spalletti.
"Estamos a avaliar treinadores para o 4-3-3 com os extraordinários jogadores que queremos manter, avaliei uma dúzia de perfis que podem experimentar este módulo, vou escolher o melhor para continuar o ciclo. Continuo a querer semear e preciso do apoio de todos os napolitanos", acrescentou o patrão da Azzurra.
"Quando alguém uma mudança pode haver momentos que não devem assustar, porque tudo serve para melhorar e assim vamos seguir em frente sendo a única equipa de futebol que está na Europa há 14 anos e isso diz muito sobre a escolha dos muitos treinadores. A minha vantagem é que não posso jogar futebol, mas posso ser um empresário. Claro que também posso cometer erros. Até agora, já nos enganámos algumas vezes e espero que desta vez voltemos a acertar", apontou.
As declarações do presidente surgem no mesmo dia em que voltou a soar o interesse transalpino em Sérgio Conceição. Não é a primeira vez que Sérgio Conceição é ligado a uma possível mudança para Itália, tal como não é a primeira vez que é associado aos napolitanos. Desta vez, quem o garante é Gianluca Di Marzio, que adianta que os dirigentes o veem como um "objetivo sério" para suceder a Spalletti.
No entanto, o português enfrenta alguma concorrência, tal como admitiu o próprio presidente. Entre os cerca de 10 nomes observados, figuram ainda Thiago Motta (Bolonha) e Vincenzo Italiano (Fiorentina), apesar de Luís Enrique ser o pretendido pelo presidente.
Tudo pronto para a festa
Uma palavra ainda sobre a festa do título napolitano no estádio e na cidade agendada para o dia da última jornada, no domingo.
"A Rai ajudou-nos com a transmissão em direto com a grande festa, pelo que cerca de dez milhões de pessoas poderão ver o espetáculo em todo o mundo. Antecipações? Haverá cantores, actores, com Stefano De Martino a dirigir com classe e simpatia. As pessoas vão divertir-se: quisemos privilegiar a cidade e a música napolitana, incluindo novas canções", indicou.