"Mas alguém pensa que a culpa é do Pioli? Espero que não! Penso que o maior erro foi cometido ao início, foi aí que todos os problemas começaram", atirou o antigo treinador, de 77 anos, numa entrevista à 'Gazzetta dello Sport'.
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"Assinaram com demasiados estrangeiros. Os que vêm de fora precisam de tempo para entender a nossa liga e os nossos métodos. Estes tipos parece que estão confusos e por isso o AC Milan nem sempre parece uma equipa. Quando cheguei ao AC Milan chamavam-me o 'Senhor Ninguém' e eu era um senhor ninguém, mas não queria jogadores arrogantes, individualistas e pouco profissionais", atirou.
"Quando contratámos o Rijkaard, mandei uma pessoa segui-lo durante duas semanas. Quando voltou até lhe perguntei o que é que ele comia, quais eram os seus hábitos fora do campo. Tens de escolher a pessoa antes do futebolista", completou.
O antigo treinador explica, por isso, que a direção precisa de apoiar Pioli. "Ele tem de ter a força necessária para liderar o grupo. Na minha primeira época no AC Milan lembro-me que as coisas não estavam a correr bem. Então o Berlusconi chegou a Milanello e disse: 'Boa tarde, tenho a máxima confiança no Arrigo, quem o seguir fica para a próxima época. Quem não o fizer pode sair. Adeus'. Foi um discurso de 27 segundos e a partir daquele momento começámos uma grande caminhada. A força do clube é crucial para alcançar grandes resultados".