Com quase 40 anos de experiência, Hélio dos Anjos criticou a forma de trabalho dos novos treinadores. Segundo o veterano, a condução feita pelos jovens está a tirar a importância do cargo.

"Não abro mão da minha condução de balneário, eu não abro mão de ser o comando. O problema da modernidade é esse. Há muitos companheiros que não assumem a responsabilidade. Quem fala com o grupo é o analista, quem apresenta o vídeo é o adjunto. No fundo, nós estamos a perder prestígio. Os treinadores estão a ficar sem importância", opinou o técnico.

Hélio também partilhou como foi o seu mais novo feito, o acesso do Paysandu à Série B, após cinco anos do clube na Série C do Brasileirão.

"Eu tenho orgulho de saber que eu fiz um trabalho no Paysandu. Mas eu tenho orgulho também de saber que o meu preço não é de Série C. Quando eu fui contratado pelo Paysandu, eles sabiam que eu não saio de casa por menos disso. Porque as exigências serão imensas", emendou.

Dono de muitas passagens por clubes no Brasil, Hélio dos Anjos também tem experiência em contexto seleção: treinou a Arábia Saudita entre 2007 e 2008. O técnico mineiro disse que apoia o trabalho de Diniz na seleção brasileira, mas sugeriu outro nome.

"Nós treinadores brasileiros temos que dar apoio para qualquer técnico que assuma a seleção brasileira. É nossa obrigação. Então o Diniz tem o meu apoio sempre. Goste ou não da característica de jogo dele. Eu acho que do Tite para o Diniz a mudança é muito radical", iniciou.

"Eu acho que nós sentiríamos menos, em termos de adaptação e modelo de jogo, se fosse o Dorival Júnior. Ele teria um leque maior de alternativas táticas", completou.

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