Recorde as incidências da partida
O Benfica entrou bem no jogo e ainda não tínhamos analisado as posições das jogadoras quando Alidou estreou-se a marcar pela equipa da casa. Apesar do golo, o Benfica estava longe ser uma equipa tranquila com bola, perdendo-a várias vezes na fase de construção e dando algum tempo para as minhotas recuperarem a confiança.
As bracarenses foram subindo as linhas de pressão e foram empurrando o Benfica, recuperando várias bolas no meio-campo ofensivo e em apenas 5 minutos deram a volta ao resultado. Ainda tiveram tempo para aumentar o marcador antes do intervalo.
Na segunda-parte esperavam-se algumas substituições mas Filipa Patão manteve Catarina Amado na linha de três centrais, uma posição que retira muito a liberdade criativa e ofensiva à lateral, manteve Marta Cintra como jogadora referência na frente, mesmo que esta não estivesse a contribuir positivamente para o jogo ofensivo. O Benfica não conseguiu criar dificuldades e só Lúcia e Kika pareciam inconformadas com o resultado.
As substituições trouxeram outra história ao jogo, uma história positiva para o Benfica, que conseguiu ganhar liberdade com Falcon na esquerda, criatividade no meio com Norton e serenidade defensiva com Laís e uma história negativa para o SC Braga. Miller não conseguiu cobrir os espaços por dentro e sentiram a inferioridade na linha média, Tânia Rodrigues teve muitas dificuldades em lidar com a ousadia de Falcon e Vitória Almeida nem apareceu no jogo.
Tudo isto trouxe a igualdade ao marcador e uma superioridade do Benfica nos 25 minutos finais, que até podiam ter dado a vitória ás encarnadas
O jogo seguiu para a decisão nas grandes penalidades e Pauels redimiu-se do erro cometido no golo sofrido, defendendo dois penáltis. As jogadoras do Benfica não falharam nenhum e estão na final da Supertaça.
Destaques da partida
Lúcia Alves: deu um ar da sua graça dos tempos em que jogava em terrenos mais ofensivos, várias vezes mais rápida que Sissi, sempre inconformada com o resultado e constantemente a desequilibrar no meio-campo ofensivo.
Gasper: que jogadora! A dar o equilíbrio que o Benfica precisa, uma tranquilidade com bola e um cérebro em ação quando não a tem.
Falcon: entrou, marcou e assistiu. Que vinha para terras portuguesas para marcar golos já todos sabíamos, agora esperemos que tenha chegado para a ver no onze titular já na final da Supertaça.
Patrícia Morais: foi a jogadora que mais se evidenciou em momentos menos bons do SC Braga, foi segurando o resultado positivo mas a ambição do Benfica foi derrubando a muralha.
Keher: rápida, eficaz e desequilibradora. Deu muitas dores de cabeça à linha defensiva adversária, começando por desbloquear o jogo com um penálti, marcar um golo no canto e estar no lance do terceiro golo.