Israel manteve os bombardeiros na Faixa de Gaza no sábado, enquanto a sua guerra contra os governantes do Hamas se aproximava dos 100 dias, sem fim à vista.

A ofensiva israelita ocorre após um ataque transfronteiriço a 7 de outubro por militantes do Hamas, no qual, segundo autoridades de Israel, 1.200 pessoas foram mortas e 240 foram levadas como reféns para Gaza.

A campanha de Israel demoliu grande parte da faixa costeira e matou quase 24.000 pessoas, de acordo com as autoridades de saúde palestinas.

"Sinceramente, é difícil manter a concentração porque, na maioria das vezes, os jogadores concentram-se nas notícias depois do treino ou antes dele, até mesmo no autocarro enquanto vão para o treino", disse Daboub aos repórteres antes da estreia da seleção, contra o Irão, no domingo.

"Mesmo assim, há uma mensagem que precisamos transmitir ao mundo inteiro. Temos a grande responsabilidade de sermos os embaixadores do futebol da Palestina", acrescentou.

"O povo palestino merece uma vida melhor e merece liberdade. Os jogos, a nossa presença e o que faremos neste torneio devem ser uma mensagem para o mundo inteiro de que a Palestina existe".

O capitão da seleção, Musab Al-Battat, explicou que a interrupção das atividades desportivas em Gaza nos últimos três meses teve consequências negativas para os jogadores, que tiveram que treinar fora da região devido ao conflito.

"Como jogadores palestinos, temos uma mensagem que podemos transmitir ao mundo inteiro: a equipa e o estado palestinos são um país como todos os outros, que tem o direito de participar e fazer parte de qualquer torneio em qualquer lugar", disse o jogador do Shabab Al-Dhahiriya.

"Esperamos que todas essas circunstâncias sejam um impulso positivo para que nós, como jogadores, apresentemos o melhor resultado. O nosso povo merece isso e os nossos adeptos também".