Recorde as principais incidências da partida
Pelo menos, este ainda era um jogo com algum interesse para as equipas e para os adeptos, ao contrário de outros que vão acontecer na última ronda nesta edição da Taça da Liga, que uma vez mais voltou a sofrer uma alteração de formato.
Depois do triunfo frente ao SC Braga, os adeptos benfiquistas deslocaram-se na mesma em massa ao Estádio da Luz, o que não era assim tão expectável, tendo em conta o horário, a temperatura, a competição e a diferença entre as duas equipas - o AVS é uma das equipas em zona de subida na Liga 2.
Abertura do Mercado de Natal
Tal como os adeptos, as oportunidades de golo para o Benfica também foram aparecendo. Roger Schmidt não fez grandes mexidas na equipa e deu apenas uma oportunidade a Tomás Araújo, uma vez que Otamendi não pode jogar para o campeonato, por estar castigado.
João Mário (4 minutos) e Kökcü (13 minutos) ameaçaram a baliza de Trigueira, que tremeu mesmo com um remate do médio turco que foi parado pela trave.
No entanto, o AVS também foi dando alguns avisos. Não foram tão perigosos, mas quando Mercado recebeu o passe de Vasco Lopes (20 minutos) não hesitou e abriu mesmo o marcador com um grande remate de pé esquerdo. Ninguém estava à espera daquele tiro, nem Trubin, muito elogiado nos últimos dias pela exibição frente ao SC Braga.
João (das) Neves fechou o mercado
A vantagem mínima do AVS, que se apresentou sem o castigado Jorge Costa não era suficiente para o apuramento para a final four, mas era um bom primeiro passo.
Tranquilo na partida, o Benfica não demorou assim tanto a fazer com que os avenses dessem novo passo atrás. 11 minutos depois do golo inaugural, uma grande jogada de João Neves acabou com um "passe" de Di María para o fundo da baliza de Trigueira.
A partida voltava à estaca zero, mas havia uma diferença considerável. O Benfica estava avisado para o perigoso dos contra-ataques do AVS. A equipa da Liga 2 encontrou espaço entre o meio-campo e a defesa encarnada com relativa facilidade, por isso a equipa de Schmidt passou a ter bola para não ser surpreendida e ainda conseguiu colocar-se em vantagem antes do intervalo.
Uma jogada cada vez mais clássica na Luz, com Di María a esperar pela subida de Aursnes e o norueguês a cruzar ao segundo poste para o golo de João Mário. Simples e eficaz, como o cada vez mais provável apuramento benfiquista para a final four da Taça da Liga.
Duas prendas: um chapéu e um auto-golo
A deslocação a Leiria parecia cada vez mais uma formalidade. Terá sido por isso que o Benfica entrou meio adormecido na segunda parte, o que fez com que o AVS tentasse voltar a crescer.
Nenê, um dos melhores marcadores da Liga 2 apesar dos seus 40 anos, ameaçou a baliza de Trubin, mas assim que Schmidt encontrou elementos despertos na zona de aquecimento, o Benfica voltou a crescer.
Florentino, Arthur Cabral e Tiago Gouveia foram a jogo. Cinco minutos depois, o extremo recebeu mais um excelente passe de Kökcü e ofereceu um chapéu a Trigueira. O guarda-redes do AVS reagiu como quem recebe umas meias no Natal. Afinal, aquele golo praticamente acabou com o sonho da equipa da Liga 2.
O mesmo espírito altruista teve o central Anthony Correia, que desviou para a própria baliza um passe que ia para Arthur Cabral. Azar do central do AVS, que sentenciou um jogo que já estava mais do que sentenciado.
Homem do jogo Flashscore: João Neves (Benfica)