Argélia 1-1 Angola

Com um plantel que contava com estrelas das cinco principais ligas europeias, a Argélia justificou o seu estatuto de clara favorita com menos de 20 minutos de jogo em Bouaké. Angola vinha de quatro nulos consecutivos contra adversários africanos, mas essa sequência foi interrompida por Baghdad Bounedjah, que acertou um remate com a parte externa da chuteira para vencer Neblú e abrir o placar no Grupo D.

Autor do primeiro e do último golo da Argélia na sua campanha vitoriosa na Taça Africana de 2019, Bounedjah podia ter duplicado a sua contagem com um remate sensacional, mas o fora de jogo salvou imediatamente a equipa de Pedro Gonçalves. Apesar da pouca posse de bola, Angola não deixou de ter as suas próprias oportunidades na primeira parte, com o capitão Fredy a rematar por cima, mas acabaria por ficar satisfeita por ainda estar a uma distância razoável do seu adversário mais ilustre ao intervalo.

No recomeço do jogo, Angola mudou o seu estilo de jogo, ficando mais exposta na defesa, mas também começando a equilibrar a balança a seu favor. O jogo não foi bem aproveitado por Zito Luvumbo, mas os palancas negras acabaram por ser recompensados com um pontapé de penálti quando Mabululu foi derrubado na área por Nabil Bentaleb. O próprio Mabululu assumiu a marcação e permitiu aos angolanos sonharem com a primeira vitória na CAN desde 2012.

As duas selecções tentaram chegar à vitória, mas Angola acabou por se tornar a última equipa a sair de um confronto com um dos favoritos ao título com um ponto na bagagem. Para evitar a repetição da campanha de 2021 - quando conquistou apenas um ponto na catastrófica defesa do título -, a Argélia quer manter a boa forma que a mantém invicta no tempo normal há 22 jogos. Já Angola tem um longo caminho a percorrer, mas um ponto contra os favoritos do grupo alimentará as esperanças de emular as passagens anteriores para aos quartos de final da CAN em 2008 e 2010.