Recorde as incidências da partida
Depois de quatro vitórias consecutivas "a zeros" no torneio, a Nigéria viajou para Bouaké cheia de confiança em busca de uma oitava participação na final. No entanto, o confronto com a África do Sul, que disputava a sua primeira meia-final da CAN em 24 anos, prometia ser um teste duro, o que se refletiu num início de jogo cauteloso, sem que nenhuma das duas seleções conseguisse controlar o jogo. Pouco antes da metade do primeiro tempo, os Bafana Bafana tiveram uma ocasião de ouro para abrir o marcador, mas Percy Tau só conseguiu mandar o remate para os braços de Stanley Nwabili.
A África do Sul continuava a ser a mais ameaçadora das duas seleções, e Nwabili teve de estar atento à baliza nigeriana para desviar com perícia o remate enrolado de Evidence Makgopa. Agradecidos pelo alívio, os comandados de José Peseiro aproveitaram o intervalo e voltaram mais concentrados para o segundo tempo, quando Victor Osimhen cabeceou por cima do travessão, já dentro da área.
Mas o avançado das Super Águias compensou a sua falta pouco depois, quando a sua corrida para a área foi travada por uma defesa desajeitada de Mothobi Mvala. Troost-Ekong assumiu a responsabilidade na cobrança do penálti, e o capitão nigeriano tocou por baixo do corpo de Ronwen Williams para dar à equipa de Peseiro uma vantagem crucial aos 67 minutos.
A África do Sul sabia que precisava de uma resposta rápida nos 20 minutos finais, e Makgopa esteve a centímetros de empatar quando o seu potente remate da entrada da área passou rente à trave.
Ainda houve tempo para uma reviravolta dramática, quando Osimhen pensou que tinha marcado o segundo gol da Nigéria, mas o golo foi anulado depois do VAR ter detatado uma entrada tardia de Alhassan Yusuf em Tau na área adversária, momentos antes.
Teboho Mokoena, de penálti, empatou a partida em cima dos 90 minutos. Com o marcador empatado, os comandados de Hugo Broos poderiam ter vencido nos últimos segundos dos descontos, mas Khuliso Mudau chutou por cima da baliza.
Depois de um final de jogo angustiante, os nigerianos procuraram recuperar a compostura no prolongamentp, e os homens de José Peseiro não tiveram uma oportunidade clara quando o suplente Terem Moffi foi derrubado por Grant Kekana numa corrida livre para a baliza.
O cartão vermelho foi mostrado ao central sul-africano, mas a Nigéria não conseguiu aproveitar a vantagem numérica e o jogo foi para a disputa de penáltis. Os Bafana Bafana falharam dois dos seus três primeiros remates, com Nwabili a defender as cobranças de Mokoena e Makgopa, o que permitiu a Kelechi Iheanacho bater o penálti decisivo que qualificou a Nigéria para o jogo de domingo, contra a anfitriã Costa do Marfim ou a República Democrática do Congo.
