Onana falhou o jogo de abertura dos Camarões na Costa do Marfim, na segunda-feira, depois de ter sido autorizado a ficar no Manchester United e a jogar no empate 2-2 com o Tottenham, no domingo.
O jogador viajou num avião fretado durante a noite para a Costa do Marfim depois do jogo em Old Trafford, mas só chegou horas antes do pontapé de saída do jogo do Grupo C contra a Guiné, em que os Camarões começaram a perder e empataram 1-1.
A decisão de permitir que o jogador não disputasse o jogo de abertura do torneio causou polémica entre os adeptos camaroneses.
Numa entrevista concedida após a sua chegada à Costa do Marfim, Onana falou aos jornalistas sobre a difícil conciliação de lealdade entre clube e país, especialmente para os internacionais africanos forçados a deixar os clubes europeus a meio da época para competir na Taça das Nações.
"É como escolher entre o meu pai e a minha mãe, mas o meu país está em primeiro lugar, é por isso que estou aqui", disse
"Que as pessoas continuem a criticar-me. Estou habituado a isso. Faço o que é bom para o meu país", acrescentou Onana.
Onana tem uma história complicada com os Camarões, depois de ter entrado na equipa quando ainda era adolescente no Ajax.
Recusou uma convocatória para a Taça das Nações de 2017, que os Camarões venceram, e no último Campeonato do Mundo, no Catar, foi mandado para casa após um jogo, na sequência de uma discussão com o treinador Rigobert Song, que entretanto foi resolvida.
No entanto, participou na última edição da Taça das Nações, há dois anos, poucos meses depois de ter regressado de uma longa suspensão por doping.