Portuenses e lisboetas chegam ao Estádio Nacional com um lastro de cinco embates na decisão da prova rainha, três dos quais vencidos pelos verdes e brancos e dois pelos azuis e brancos.
O derradeiro duelo ocorreu há cinco anos, no epílogo da temporada 2018/19, quando as duas formações ‘adiaram’ as decisões para o desempate por grandes penalidades, após uma igualdade 2-2 no final do prolongamento.
O FC Porto, já com Sérgio Conceição ao leme, adiantou-se no marcador, por Tiquinho Soares, aos 41 minutos, mas Danilo Pereira repôs o empate com um autogolo, aos 45, resultado que seria desfeito já no prolongamento, por Bas Dost, aos 101. Quando se esperava que o conjunto então liderado pelo neerlandês Marcel Keizer capitalizasse a reviravolta, o central Felipe resgatou o FC Porto da derrota iminente, aos 120+1.
Na marca dos castigos máximos, o Sporting revelou-se mais certeiro, com Luiz Phellype a converter o penálti decisivo, já depois de Fernando Andrade ter permitido a defesa ao guarda-redes leonino Renan Ribeiro, e ergueu a sua 17.ª e última Taça de Portugal.
Cerca de uma década antes, os dois rivais também chegaram ao final do tempo regulamentar empatados, mas 0-0, resultado que seria desfeito pelo brasileiro Rodrigo Tiuí no prolongamento. O avançado, lançado por Paulo Bento em cima dos 90 minutos, para o lugar de Abel Ferreira (atual treinador do Palmeiras), marcou aos 111 e 117 minutos, ‘carimbando’ o triunfo por 2-0 sobre o conjunto de Jesualdo Ferreira.
A outra vitória dos leões ocorreu logo no primeiro duelo entre as duas formações, em 1977/78, mas numa decisão disputada em dois jogos, ambos no Estádio José Alvalade, já que o primeiro terminou empatado 1-1, com tentos de Fernando Gomes, para os portistas, e Paulo Menezes, para os lisboetas.
No jogo de desempate, novamente no reduto verde e branco, Vítor Gomes e Manuel Fernandes colocaram o Sporting com vantagem confortável, de nada valendo o golo de Seninho já perto do final da partida (2-1).
Pelo meio destas três conquistas do Sporting, o FC Porto também se superiorizou ao rival e ergueu duas das 19 taças de Portugal que tem no seu museu, ambas na década de 90, no Jamor e igualmente com recurso a um segundo encontro.
Se no primeiro de 1993/94 nenhuma das formações conseguiu desfazer o nulo (0-0) até ao final do prolongamento – não havia recurso ao desempate por grandes penalidades –, no segundo, os dragões, de Bobby Robson, venceram por 2-1, com Aloísio a assinar o golo decisivo precisamente no primeiro minuto do prolongamento, de penálti, após Rui Jorge inaugurar o marcador para os portistas e Vujacic empatar para os leões, liderados por Carlos Queiroz.
Em 1999/00, o Sporting, que tinha colocado fim a um hiato de 18 anos sem ser campeão nacional, tentava a dobradinha no Jamor, sob o comando de Augusto Inácio, mas o empate 1-1 (golos de Pedro Barbosa para os leões e Mário Jardel para os dragões) no primeiro encontro obrigou a novo duelo, em que a equipa liderada por Fernando Santos venceu no Estádio Nacional, por 2-0, com tentos de Clayton e Deco.
FC Porto, vencedor das duas últimas edições, e Sporting disputam a final da 84.ª edição da Taça de Portugal, no domingo, no Estádio Nacional, em Oeiras, a partir das 17:15.