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Futsal: Benfica vira o jogo na segunda parte (3-2) e empata final com o Sporting

Bruno Coelho (dir.), Chishkala e Jacaré marcaram para o Benfica, Merlim e Pany Varela (esq.) para o Sporting
Bruno Coelho (dir.), Chishkala e Jacaré marcaram para o Benfica, Merlim e Pany Varela (esq.) para o SportingSL Benfica
Fez efeito o tónico de Mário Silva ao descanso: as águias saíram em desvantagem a 16 segundos da buzina, mas entraram com tudo na segunda parte e operaram a reviravolta no segundo tempo com um golaço de Chishkala e um serviço de primeira do guarda-redes aniversariante Leo Gugiel, vencendo por 3-2 o jogo 2 das finais da Liga Placard. O jogo 3 está agendado para sábado, às 16:00.

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Poucas coisas mudam naquele que é o melhor dérbi de futsal do mundo, mas o arranque deste jogo 2 das finais trouxe para a mesa algo diferente. Aos três minutos, Merlim cobrou um livre do meio campo com um remate frouxo e rasteiro à baliza, mas ainda assim foi o suficiente para bater Léo Gugiel, que viu o esférico a passar-lhe por entre as pernas. Certamente um momento para esquecer do guarda-redes no dia do seu 27.º aniversário.

No entanto, o dano não foi assim tão grave, visto que na outra área - e no mesmo minuto(!) - uma atrapalhação entre Erick Mendonça e Guitta permitiu a Chishkala tocar na bola e deixar o golo à mercê de Bruno Coelho, que só teve de encostar para o empate.

De resto, um jogo igual a si próprio: ritmo muito alto e níveis de agressividade elevados. Gonçalo Sobral ainda ficou perto de aproveitar nova desatenção leonina e, no minuto seguinte, Diego Nunes surgiu isolado e rematou ao lado perante a boa mancha feita por Guitta.

O Benfica mostrava-se mais ofensivo e apostava mais no guarda-redes subido, enquanto o Sporting mantinha-se mais calculista a gerir a vantagem que trazia do Pavilhão João Rocha. Era preciso algo especial para quebrar a igualdade e foi isso mesmo que Erick ofereceu. 

O internacional português intercetou um passe perto da própria área, conduziu o contra-ataque em superioridade numérica de forma perfeita, fletindo para o meio e soltando no momento certo para Pany Varela rematar na cara de Gugiel para o espaço que estava aberto e fazer o 1-2... a 16 segundos do intervalo!

Duro golpe para os benfiquistas presentes no Pavilhão da Luz, mas o descanso fez bem à equipa de Mário Silva que voltou dos balneários pronta a dar ao Sporting um pouco do seu próprio veneno: num pontapé de canto, Chishkala surgiu sozinho ao segundo poste e armou um poderoso remate de primeira sem hipóteses para o monstro que é Guitta.

Empate no marcador e uma segunda parte inteira por jogar. O Benfica subiu a crença e teve o seu melhor momento do jogo, acumulando várias hipóteses de golo, mas a esbarrar sempre na oposição do guarda-redes brasileiro que defendia como podia, ora com as mãos, ora com os pés ou até a anca. Léo Gugiel ainda tentou surpreender, mas de forma incrível Gonçalo Sobral falhou o desvio a milímetros da baliza.

Seria mesmo o guarda-redes das águias a marcar a diferença. Aos 30 minutos, Gugiel voltou a ter espaço, rematou rateiro para o mesmo sítio, onde desta vez apareceu Jacaré a desviar para o fundo das redes. Uma vantagem merecida pela forma como arrancou a segunda metade e a primeira vantagem das águias nesta final.

Com a vantagem, o Benfica recuou e foi a vez do Sporting carregar à procura do empate. Dois minutos depois, Guitta levantou para a área onde Zicky Té tentou surpreender com um remate acrobático, mas Gugiel estava atento e desviou por cima da trave.

Esta foi a melhor oportunidade dos verde e brancos até que Merlim entrou para jogar como guarda-redes avançado no último minuto, ainda assim sem voltar a assustar a baliza benfiquista. Tudo em aberto na final do campeonato nacional e o jogo 3 está agendado para sábado, às 16:00.