O PGA Tour, o DP World Tour e o circuito rival LIV, apoiado pela Arábia Saudita, que estiveram envolvidos numa amarga luta que dividiu o desporto, anunciaram na semana passada um acordo para se fundirem e formarem uma entidade comercial unificada.

O Departamento de Justiça tinha anteriormente aberto um inquérito sobre as estratégias do PGA Tour para tentar impedir que os seus jogadores desertassem para o LIV, que estava a pagar ordenados muito elevados para atrair os golfistas para o seu circuito.

A série LIV Golf é financiada pelo Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF). Os críticos acusaram-na de ser um veículo para o país melhorar a sua reputação - "lavagem desportiva" - enquanto enfrenta críticas sobre o seu historial em matéria de direitos humanos.

Grande parte da reação negativa relacionada com os direitos humanos centra-se no alegado envolvimento do governo da Arábia Saudita em violações dos direitos humanos, incluindo o assassínio, em 2018, do jornalista do Washington Post Jamal Khashoggi.

A transação proposta também já suscitou preocupações no Capitólio. Mais recentemente, os senadores norte-americanos Elizabeth Warren e Ron Wyden pediram ao Departamento de Justiça que abrisse uma investigação antitrust.

Wyden também disse na quinta-feira que iria analisar a transação e trabalhar para revogar o tratamento fiscal especial do PIF saudita. Na segunda-feira, o senador Richard Blumenthal pediu ao PGA Tour e à LIV Golf comunicações e registos sobre a sua planeada associação.

Nos campos de golfe, os jogadores profissionais disseram que foram apanhados de surpresa pelo anúncio bombástico da fusão planeada.