Jude Championship. Os 70 melhores jogadores da época irão jogar no TPC Southwind, em Memphis, Tennessee, na esperança de se encontrarem entre os 50 que avançam para o BMW Championship da próxima semana, de onde os 30 melhores chegarão ao Tour Championship, daqui a duas semanas, em East Lake, Atlanta.

Rahm nunca ganhou o prémio principal do play-off, que este ano é de 18 milhões de dólares (16,4 milhões de euros) de um prize money total de 75 milhões de dólares (68,3 milhões de euros).

Se conseguir manter a liderança em pontos nos próximos dois eventos, Rahm terá uma vantagem de duas pancadas para começar o Tour Championship sobre o segundo classificado, que nesta altura é o americano Scottie Scheffler, logo à frente do três vezes vencedor do play-off e atual campeão Rory McIlroy.

"O objetivo é tentar chegar a East Lake como número um e desfrutar dessa vantagem de duas tacadas", disse Rahm na terça-feira.

Rahm sabe o quanto as pancadas extra podem ser importantes. Em 2021, perdeu o Tour Championship por uma pancada para Patrick Cantlay, apesar de ter jogado as quatro rondas com menos três pancadas do que o americano.

"Sempre fez a diferença", disse Rahm: "Fez a diferença quando terminei em segundo lugar. É a razão pela qual nos dão o prémio, por isso, se pudermos tirar partido dele, seria bom."

Scheffler, o primeiro classificado, McIlroy, segundo classificado, e Rahm, número três do mundo, jogarão juntos nas duas primeiras rondas.

Rahm teve um ano épico com quatro títulos, conquistando o Torneio dos Campeões e o American Express em janeiro, o Genesis na Riviera em fevereiro e o seu segundo título importante em abril no Augusta National. Também partilhou o segundo lugar no mês passado no British Open.

"Tem sido uma época muito boa", disse Rahm. "Realizei muitas coisas que me propus fazer este ano e uma delas era estar aqui sentado como número um.

"Estou muito orgulhoso do que fiz até agora. Estou ansioso por continuar a fazê-lo nos play-offs."

Rahm e Harman apoiam Monahan

Rahm manifestou o seu apoio ao comissário do PGA Tour, Jay Monahan, que enfrentou uma reunião de jogadores em Memphis, onde foi criticado pela forma como lidou com um acordo de fusão com os sauditas que apoiam a rival LIV Golf League, depois de um ano a tentar impedir que os jogadores da PGA desertassem para o circuito emergente.

"Ele devia ter a oportunidade de acabar isto da forma como acabou", disse Rahm: "Acho que nos estamos a esquecer rapidamente de como ele geriu bem muitas coisas. Fez um trabalho fantástico na COVID e manteve muitas pessoas empregadas. Fomos o primeiro desporto importante a regressar. Muitos jogadores puderam ganhar os seus cartões e continuar a competir graças a isso. Penso que não devemos esquecer isso tão depressa.  Depois de tudo estar dito e feito, se os jogadores quiserem mudar, essa seria a melhor altura, mas neste momento não me parece que seja."

Rahm foi um dos 41 jogadores que assinaram uma carta dirigida a Monahan que levou Tiger Woods a conseguir um lugar no Tour Policy Board, que tem agora uma maioria de jogadores. Até ao final do ano, a comissão terá de aprovar o acordo-quadro que Monahan negociou em segredo com os sauditas para que o pacto se torne oficial.

Brian Harman, que ganhou o seu primeiro grande título no British Open, também apoiou Monahan, chamando-lhe "um líder muito qualificado".

"Sem Jay Monahan, não sei se conseguiremos passar pelo COVID", disse Harman: "Acho que Jay merece uma rédea bem longa.Jay tinha autoridade máxima em todos os momentos no que diz respeito à negociação ... ele sabia que sua reputação seria um grande golpe se eles avançassem. Penso que ele acreditava que era a melhor coisa a fazer, e foi por isso que o fez."