"Não vamos recorrer ao uso de desculpas. Isso seria demasiado fácil para nós", disse Flick quando lhe perguntaram se os seus jogadores tinham perdido o foco após o debate da braçadeira de capitão do arco-íris "OneLove".
A Alemanha foi um dos sete países europeus que decidiram, na segunda-feira, que os seus capitães deixariam de usar a braçadeira em apoio à causa LGBTQ, na sequência da pressão da FIFA e das ameaças de sanções em campo.
Apenas 24 horas antes do pontapé de saída, a Federação Alemã de Futebol (DFB) entrou com um processo no Tribunal Arbitral do Desporto, esperando que a proibição fosse anulada, e dizendo: "a FIFA proibiu-nos de usar um símbolo de diversidade e direitos humanos".
Enquanto Neuer não usava a braçadeira, cada jogador do onze titular cobriu a boca na foto obrigatória antes do jogo, com a DFB a emitir uma declaração simultânea dizendo "negar-nos a braçadeira é o mesmo que negar-nos a voz". Flick frisou que essa atitudade "foi um sinal dos jogadores e de nós de que a FIFA nos está a colocar sob pressão".
Também o avançado alemão, Kai Havertz, apoiou a decisão da sua equipa de protestar, dizendo após o jogo que "foi a coisa certa a fazer": "Claro, é importante para nós fazer uma declaração como esta. Foi a coisa certa a fazer, mostrar às pessoas que tentámos ajudar onde quer que pudéssemos e que a FIFA não nos facilita a tarefa".
Quanto à derrota, o técnico justificou que a equipa "não foi competente e no final cometeu vários erros", frisando que é "preciso olhar em frente" para "fazer melhor".