Recorde as incidências do jogo

Os adeptos neerlandeses e equatorianos marcaram presença no Khalifa International Stadium para assistirem ao primeiro jogo oficial de sempre entre estas duas seleções. Depois da vitória frente ao Senegal (2-0), Louis van Gaal operou três alterações no onze inicial, apostando em Jurrien Timber, Teun Koopmeiners e Davy Klaassen nos lugares de Matthijs de Ligt, Steven Berghuis e Vincent Janssen.

Por seu turno, face ao jogo com o Catar (vitória por 2-0), Gustavo Alfaro fez apenas uma modificação na equipa escalada para defrontar os Países Baixos: Jackson Porozo entrou por troca com Romario Ibarra. A entra do central que passou pelo Boavista fez com o Equador alterasse a sua formação tática, apostando numa defesa a cinco, com três centrais. Gonzalo Plata, ex-Sporting, também foi titular.

Com o início da partida percebeu-se que a equipa europeia queria controlar o jogo, ao passo que os sul-americanos pretendiam discutir o desafio, impondo respeito aos neerlandeses. Todavia, a primeira grande ocasião do jogo foi dos Países Baixos e... deu em golo: Klaassen recuperou uma bola mal aliviada pela defesa equatoriana e deixou para Gakpo que, com um movimento exterior, atirou de meia-distância para um golaço! Este foi o segundo golo do neerlandês na competição e o mais rápido até ao momento.

Com a vantagem no marcador, a Laranja Mecânica assumiu o controlo das operações e, com um meio-campo reforçado face à partida da primeira jornada, conseguiu evitar que os equatorianos chegassem à sua área. Ainda assim, La Tri não se vergou e continuou em busca do empate, apesar das oportunidades terem sido escassas - destaque para a grande defesa de Noppert, a remate de Valencia (32 minutos) e o cabeceamento do ponta de lança contra Aké (45+3), antes de Estupiñán ter visto o seu golo ser anulado por ação de Porozo (45+3).

Com a qualidade individual de Gakpo a decidir e os equatorianos com ligeira superioridade - mais remates, mais posse de bola e mais cantos -, a partida seguiu para o intervalo. Afinal, os Países Baixos estavam em vantagem devido à eficácia que tiveram na primeira oportunidade do jogo.

Os sul-americanos responderam da mesma moeda e, na etapa complementar, faturaram na primeira oportunidade que tiveram: mau passe de Noppert devido à pressão do Equador, que ganhou a bola no meio-campo ofensivo, circulou do flanco direito para o esquerdo e, já no interior da área, Estupiñán atirou forte para defesa do guarda-redes, com o oportunismo de Valencia a empatar o desafio, igualando um recorde de... Eusébio.

A equipa de Van Gaal, já com Memphis Depay em campo, tentou voltar ao comando do desafio e a partida voltou a uma toada de muitas disputas e duelos intensos - Méndez viu o segundo cartão amarelo no Mundial-2022 e está fora da última jornada -, com A Tricolor a manter o fulgor ofensivo. Perto da hora de jogo, Valencia atirou contra Van Dijk e, na recarga, Plata atirou cruzado, de pé esquerdo, à trave da baliza neerlandesa.

O jogo lento e previsível dos Países Baixos não criava perigo junto da baliza equatoriana e a equipa de Van Gaal chegou ao minuto 90 com apenas um remate à baliza e dois no total. O Equador ainda tentou o forcing final, mas o resultado estava consumado e ditou a eliminação do Catar da competição.

Homem do jogo Flashscore: Enner Valencia (Equador)