Depois de ter sido suplente utilizado com o Santa Clara, estreando-se a marcar neste regresso ao Benfica, Gonçalo Guedes foi lançado pela primeira vez a titular por Roger Schmidt, no lugar de Draxler mas atuando como segundo avançado, nas costas de Gonçalo Ramos, sendo que também Otamendi regressou, após castigo, ocupando a posição que tinha sido de Morato.

Do lado do Paços de Ferreira, com Maracás castigado, César Peixoto apostou em Ferigra, fazendo também regressar Antunes, em vez de Luís Bastos, e Nigel Thomas, na vaga de Uílton.

Aos quatro minutos uma arrancada de Bah resultou num remate de Enzo Fernández, com corte crucial de Nuno Lima, antes de novo cruzamento de Gonçalo Guedes, cortado por Rui Pires. Logo depois, o mais recente reforço do Benfica sofreu falta de Nuno Lima e, na conversão do livre, aos 7 minutos, Grimaldo inaugurou o marcador, colocando os encarnados na frente do marcador - realce para a forma como o lateral-esquerdo festejou, agarrando e beijando o símbolo que ostenta na camisola.

O Paços de Ferreira tentou responder, Gaitán levou a equipa para a frente mas aos 11 minutos, desde trás, o Benfica construiu o 2-0: Bah tocou para Gonçalo Ramos, este serviu Enzo, o argentino abriu em Gonçalo Guedes. O reforço isolou Aursnes, o remate foi defendido por Marafona e, na recarga, João Mário só teve de encostar.

Aos 16 minutos surgiu, então, o primeiro remate do Paços de Ferreira, da autoria de Nigel Thomas: forte mas torto, sem perigo para Vlachodimos. Aos 19' Nigel Thomas serviu Holsgrove, o cruzamento rasteiro encontra Gaitán na pequena área, Vlachodimos defende em cima da linha mas a jogada seria anulada por fora de jogo.

Aos 22 minutos novamente o Paços, em plena reação depois dos dois golos do Benfica, com um belo passe de Gaitán para Alexandre Guedes, que rematou cruzado, com a bola a sair prensada em António Silva e com Vlachodimos a agarrar.

Aos 23 minutos a resposta do Benfica chegou com um belo remate de Aursnes, que já tinha estado em evidência no 2-0, levando a um voo de Marafona, a desviar a bola por cima da trave.

Estendido a todo o campo, o Paços de Ferreira voltou a criar perigo aos 28 minutos, uma vez mais com os dois principais protagonistas: Gaitán serviu Alexandre Guedes que, em esforço, desviou, ganhando ainda um canto, graças ao desvio precioso de Bah.

O Paços de Ferreira ia tentando criar perigo, o Benfica, quando acelerava, rapidamente criava reais ocasiões: aos 34 minutos, deu mesmo sensação de golo, à primeira vista, no remate de Gonçalo Guedes, após cruzamento de Grimaldo e combinação do avançado português com Aursnes.

A cinco minutos do intervalo, a melhor oportunidade para o Paços de Ferreira reduzir: Bah escorregou, Nigel Thomas arrancou, derivou para o meio, rematou perante forte pressão de Enzo Fernández e a bola bateu no poste da baliza de Vlachodimos.

No primeiro dos três minutos de compensação da primeira parte, um livre direto de Antunes, bem batido, passou na frente da pequena área, Delgado quase chegou e Vlachodimos, após hesitação, agarrou.

A má notícia Ramos

A segunda parte começou sem alterações nos onzes e sem alterações no cariz do jogo, com o Paços de peito aberto diante do líder do campeonato e, aos 48 minutos, a quase aproveitar um erro de Otamendi: o central argentino errou o domínio, Gaitán fugiu mas nenhum colega chegou com condições para finalizar. No mesmo minuto Gonçalo Guedes, com um remate cruzado, testou Marafona.

Aos 58 minutos más notícias para o Benfica: Gonçalo Ramos, que antes tinha esticado a perna para ainda assim chegar tarde a um cruzamento de Bah, ficou caído no relvado, com queixas musculares, e de pronto Roger Schmidt chamou Musa, sem arriscar, lançando o avançado croata na partida.

Coincidência ou não, o jogo entrou numa toada (ainda) mais morna, Alexandre Guedes ainda teve um remate, aos 69 minutos, mas desviado, e César Peixoto, quem mais precisava de dar ritmo à partida, operou tripla alteração, lançando aos 70 minutos Uílton, Matchoi e Butzke para os lugares de Gaitán, Luiz Carlos e Alexandre Guedes.

Matchoi entrou com tudo, ganhou um livre (e um amarelo) a Florentino e, na sequência do livre, aos 73 minutos, Nigel Thomas atirou novamente ao ferro da baliza defendida por Vlachodimos.

Roger Schmidt respondeu de imediato às mudanças do Paços, tirando Florentino e Gonçalo Guedes, fazendo entrar Chiquinho e Draxler.

Aos 76 minutos Grimaldo testou a pontaria, Marafona defendeu, e a verdade é que as mudanças nos encarnados estancaram a subida de produção e velocidade pacenses, levando César Peixoto a olhar para o banco e a optar pela estreia absoluta ao avançado Fábio Gomes, brasileiro vindo do Vasco da Gama, lançando também Luís Bastos, para os lugares de Antunes e Ferigra, dois defesas.

Aos 87 minutos, num livre cobrado por Nigel Thomas, foi Juan Delgado a criar perigo, com Vlachodimos, com bela intervenção, plena de reflexos, a negar o golo do Paços de Ferreira.

Aos 89 minutos, Neres foi lançado a jogo, no lugar de João Mário, apenas para dar mais algum andamento ao brasileiro, num jogo que nunca pareceu realmente decidido - mérito do Paços -, mas que o Benfica soube, na maior parte do tempo, controlar, ainda que fechado com mais uma bola no ferro (a terceira!) da equipa da casa, da autoria de Fábio Gomes, no último lance do jogo.

Homem do jogo Flashscore: Aursnes (Benfica)