Luís Conceição (selecionador português)
“O resultado espelha alguma diferença entre nós e seleções como a Suécia.
É importante para estas seleções. Tentaram disputar o jogo e aproveitaram este momento para competir, sem se limitar a defender baixo para não tentar perder por muitos. Não é assim que cresce.
Nós fizemos a nossa parte. Foi um estágio importante para relembrar porque nós estivemos muito tempo sem estágios.
É sempre importante não sofrer golos.
São atletas jovens, mas com muitas internacionalizações e isso também é importante para elas. Nesta altura, qualquer uma delas já tem muitas internacionalizações na seleção principal, como nas jovens. A Kika, a Carolina Pedreira ou a Leninha…
Ficamos muito satisfeitos porque o lote de atletas é muito mais vasto em termos de número, mas, acima de tudo, em termos de qualidade. Conseguimos trazer atletas que nos mantêm com qualidade.
Haverá sempre as favoritas. Brasil, Espanha, Portugal, Itália. Entraremos nesse lote. Acho que o futsal feminino já merecia esta competição a nível mundial.
Alguns anos com os torneios mundiais, que acabaram por ser extintos. Com o crescimento e desenvolvimento que o futsal feminino tem tido nos vários continentes, principalmente europeu e americano, é importante.
Acho que vai ser uma competição muito gira, mais uma possibilidade para elas competirem com as melhores atletas e com as melhores seleções.
A nós, deixa-nos muito satisfeitos elas terem oportunidade de competir com as melhores do mundo e também para as atletas mais jovens. Saberem que têm um europeu, e que vão ter um mundial, tudo ajuda.
É bom para o crescimento de todos. É importante começarem a surgir seleções com mais qualidade.
Mas o caminho ainda é longo, temos de ir dando passos. A modalidade ainda é recente, no feminino as coisas têm crescido com o tempo, mas são este tipo de boas notícias que nos deixam satisfeitos em relação ao futuro.”
Raquel Santos (jogadora da seleção portuguesa)
“O estágio foi ótimo. A Suécia é uma equipa muito forte fisicamente, mas acho que em termos táticos foi bom para acertarmos algumas coisas para que, quando jogarmos contra equipas mais fortes, sabermos o que temos de fazer.
Temos uma seleção bastante jovem e acho que é sempre bom estarmos a renovar. Só assim vão surgir jogadoras como as que temos agora, com experiência. Temos uma equipa com bastante qualidade.
Finalmente. Estávamos todos à espera deste momento. O futsal feminino precisa disso para evoluir não só na Europa como nos outros continentes, e ficamos muito felizes por isso.
Todas estamos cientes de ter esse favoritismo. Por isso é que trabalhamos tão afincadamente para que estejamos na nossa melhor forma. Não é só a Espanha, também temos o Brasil e outras seleções muito fortes nos outros continentes e é com esse tipo de equipas que gostamos de jogar”.