Espanha decide o futuro no Grupo E do Mundial-2022 esta quarta-feira, diante do Japão (19 horas). Com quatro pontos, o conjunto espanhol lidera a classificação e sabe que uma vitória garante, desde logo, o primeiro lugar (o empate será suficiente, desde que a Costa Rica não vença a Alemanha).
Contudo, o primeiro posto pode revelar-se um presente envenenado para os espanhóis. Se nos oitavos de final, La Roja vai cruzar com o segundo classificado do Grupo F (Croácia, Marrocos ou Bélgica), os quartos de final poderia trazer um duelo com o líder do Grupo G, posição atualmente ocupada pelo Brasil.
Questionado sobre se não seria melhor ficar pelo segundo posto e evitar a canarinha até à final (neste caso existe a possibilidade de defrontar Portugal e, depois, França ou Inglaterra antes da decisão), Luis Enrique foi frontal.
“Refletimos sobre isso e acho que não vale a pena estar a especular porque podes acabar eliminado nos últimos 15 segundos. Nós queremos ficar no primeiro lugar, não estamos a pensar no adversário dos oitavos de final, nem no Brasil nos quartos de final. Não queremos andar a fazer contas, porque isso não existe no desporto ao mais alto nível. Para ganhar um Mundial é preciso vencer os favoritos, e esse é o nosso objetivo", frisou.
E focado no jogo da terceira jornada do Grupo E, o selecionador espanhol deixou elogios ao Japão.
“Têm sete jogadores que defrontámos nos Jogos Olímpicos e em que só conseguimos vencer no prolongamento, vários a jogar na Europa, sobretudo na Bundesliga. Têm muita dinâmica, são rápidos e vai ser um jogo complicado. Acho que vamos dominar, mas não espero um jogo fácil”, asseverou.
Por último, a não utilização de Ansu Fati, uma das coqueluches do Barcelona.
“Foi o último a entrar na lista de convocados. Eu tenho comigo oito avançados e esta é a secção que mais me dúvidas me dá, mas estou feliz com ele. Tenho pena de não ter espaço para jogarem os oito e a verdade é que vai haver alguém que não vai ter um único minuto. Contudo, todos estão a ajudar e contamos com eles. Aliás, eles percebem que são 26, vão sempre existir aqueles com menos tempo de jogo. Quanto aos que são utilizados desde o banco, têm de aproveitar", concluiu.