"Se formos justos na análise temos de reconhecer que o Rio Ave teve oportunidades e podia ter, no mínimo, empatado o jogo. Jogámos contra uma grande equipa, mas fomos uma equipa muito corajosa no que fizemos com e sem bola. Com bola, procurámos sempre construir o jogo e perdemos algumas bolas por isso também, o que não é fácil. É preciso coragem, que os jogadores acreditem na ideia e tenham personalidade", vincou Luís Freire.
O treinador do Rio Ave destacou ainda a forma como os seus jogadores conseguiram condicionar a ação do adversário. "Quebrámos o Benfica muitas vezes na pressão, chegámos à baliza, tivemos um golo anulado que valeria se entrasse diretamente. O Benfica em transição podia ter definido melhor também, assim como nós", explicou.
Recordando que os encarnados chegaram à vantagem "num lançamento que estavam a explorar rápido", o técnico apontou que, a partir do golo, "houve uma equipa a tentar ao máximo ganhar o jogo e houve outra a geri-lo".
"Nós tentámos meter jogadores na frente para que a equipa se tornasse mais ofensiva. Quatro minutos, no final, parece-me pouco. Mas o Rio Ave teve muita personalidade. E isso é o que tem de ficar do jogo. O Benfica, que é uma grande equipa, que está na Liga dos Campeões e a fazer uma época extraordinária, veio a Vila do Conde e sentiu muitas dificuldades para ganhar o jogo", atirou.
"É futebol, eles foram eficazes e marcaram. Nós tivemos oportunidades pelo Boateng, pelo Hernâni, e tivemos uma pressão forte, a condicionar o Benfica. E o Benfica, com a capacidade que tem, tentava matar em contra-ataque. Os meus jogadores estão de parabéns, agradeço o apoio dos adeptos e acho que temos de estar orgulhosos pela postura que tivemos em campo", acrescentou Luís Freire, alertando que "se não se valorizarmos este tipo de posturas, não estamos a favorecer o futebol".
Assumindo estar "satisfeito" pela atitude demonstrada, o treinador espera que a equipa possa "continuar a crescer" no futuro.
"Nos primeiros nove jogos apanhámos os quatro "grandes". Agora temos oito jogos do nosso campeonato, temos 33 pontos e queremos somar o máximo possível. Hoje entrou o Ventura, que tinha um ou dois minutos na primeira Liga. Já muitos jovens a aparecer, que estamos a tentar que ganhem "calo" o mais rápido possível. Estes jogos ajudam e estou satisfeito pelo crescimento da equipa, sabendo que podemos continuar a tentar ser melhores que o adversário. Não vamos ganhar sempre, mas este é o caminho que temos de percorrer", concluiu.