Má vizinhança: Real e Atlético prometem sábado escaldante em novo dérbi de Madrid

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Má vizinhança: Real e Atlético prometem sábado escaldante em novo dérbi de Madrid

Vinícius Junior vai procurar manter o elevado nível no dérbi entre Real Madrid e Atlético
Vinícius Junior vai procurar manter o elevado nível no dérbi entre Real Madrid e AtléticoProfimedia
Real Madrid e Atlético defrontam-se na 23.ª jornada da LaLiga. São 10 os pontos que os separam, mas muita a ambição de assegurar de um resultado positivo. Para uns, os pontos são preciosos na luta pelo título. Para outros, são fundamentais para a garantia dos lugares de acesso à Liga dos Campeões. E, se motivação faltasse... é o dérbi de Madrid, que todos querem vencer.

Acompanhe aqui as incidências do jogo.

De um lado, os blancos, do outro, os rojiblancos. A rivalidade, histórica e eterna, ajuda a promover um jogo ímpar, fomentando as paixões que o elevam ao patamar das mais míticas batalhas do futebol mundial. Este sábado, pelas 17:30 (hora de Lisboa), a bola vai rolar sobre o tapete verde do Estádio Santiago Bernabéu, casa do Real Madrid, que ali acolherá, com ambiente eletrizante, certamente, o arquirrival Atlético.

O 232.º capítulo de uma longa história

O encontro deste fim de semana será o 232.º entre os dois principais emblemas de Madrid desde o início das suas histórias. Velhos conhecidos, mas pouco amigos, merengues colchoneros partilham centenas de duelos e muitos momentos memoráveis, com os primeiros a levarem vantagem no confronto direto, tendo vencido por 116 vezes, ou seja, metade dos jogos disputados. Nos restantes, 58 resultaram em empate e 57 terminaram com triunfo do Atlético.

Os últimos cinco jogos entre Real Madrid e Atlético de Madrid
Os últimos cinco jogos entre Real Madrid e Atlético de MadridFlashscore

Na LaLiga, a toada mantém-se. Das 171 batalhas travadas, 91 caíram para o lado do colosso que detém 14 Ligas dos Campeões, que viu o rival levar a melhor em 40 ocasiões, o mesmo número de vezes em que houve divisão de pontos.

E, se olharmos apenas para os jogos do campeonato disputados no Santiago Bernabéu, a diferença é ainda mais acentuada. O Real venceu 55 encontros, enquanto o Atlético apenas se superiorizou em 15 e outros 15 terminaram empatados.

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Os blancos atravessam um momento pródigo. Depois de um início de ano mais atribulado, os comandados de Carlo Ancelotti parecem ter-se reencontrado nas últimas semanas, tendo conquistado o Mundial de Clubes e, desde então, somado mais duas vitórias na principal competição interna - ambas sem sofrer golos - e um triunfo fantástico diante do Liverpool, para a Liga dos Campeões, em Anfield, onde recuperarm de uma desvantagem de 2-0 para confirmarem uma goleada (5-2).

Espera-se, portanto, uma missão difícil para os rojiblancos, que, apesar de não perderem há cinco jogos para a Liga espanhola, contando apenas um empate nesse período, têm sentido dificuldade na hora de marcar, já que as quatro vitórias foram pela margem mínima.

A qualidade de uns contra a coesão de todos

Responsáveis por várias noites sem dormir para os defesas que os defrontam, Vinícius Junior e Karim Benzema, servidos pela genialidade de Luka Modric e o talento inquestionável de Fede Valverde, serão, porventura, as grandes armas dos merengues para o ataque à muralha defensiva - e tantas vezes impenetrável - de Diego Simeone.

O extremo brasileiro leva sete golos e quatro assistências em 21 jogos, revelando um rendimento acima da média, mesmo numa altura em que é tantas vezes visado por insultos e cânticos racistas, notoriamente por adeptos do Atlético de Madrid. Dois desses tentos foram apontados na recente vitória na liga milionária, jogo em que o avançado francês também bisou, ele que leva 11 golos e três assistências em 13 encontros.

Uma dupla capaz de colocar em sentido qualquer defesa, mas que terá pela frente a força de um todo. Uma linha recuada compacta, que conta com a preciosa ajuda de Koke, no meio-campo, a criatividade de Antoine Griezmann e os rasgos de Ángel Correa, no ataque.

David Alaba e Rodrygo são baixas de peso no Real, assim como o é Rodrigo de Paul no Atlético. Resta saber de que forma é que ambos os treinadores irão reagir a estas ausências, procurando colmatá-las sem que as respetivas equipas as  sintam nas dinâmicas.

Dérbi é dérbi...

Mas, na verdade, um dérbi é isso mesmo: um jogo sem paralelo, com emoções fortes e desfecho incerto. "São jogos especiais, muito duros", avaliou Koke em jeito de antevisão.

São-no, de facto. A este nível, e tomando a batalha de Madrid como exemplo, é comum vermos os jogadores a morderem a língua, encarando cada lance, oportunidade ou disputa como se da última das suas carreiras se tratasse. A qualidade é muita, mas ambição é ainda maior. Veja-se pelo último confronto entre ambos, no mês passado, para os quartos de final da Taça do Rei. No mesmo Santiago Bernabéu que será palco do duelo de sábado, o Atlético vendeu muito cara a derrota, cedendo apenas no prolongamento e já depois de ter ficado reduzido a dez jogadores.

Chegados aqui, pouco importa a classificação, a diferença pontual entre ambos ou os objetivos pelos quais estão a lutar. Um dérbi, em Madrid, equipara-se a uma final para José Mourinho: não se joga, ganha-se

De qualquer forma, olhamos para a tabela da LaLiga para perceber o contexto em que se encontram os dois emblemas.

Os cinco primeiros classificados da LaLiga
Os cinco primeiros classificados da LaLigaFlashscore

Ao Real Madrid, sobra ainda uma réstia de esperança na luta pelo título, alimentada pela possibilidade de a eliminação do Barcelona da Liga Europa poder causar algum tipo de impacto anímico negativo na formação culé. Ainda assim, são oito os pontos que separam os merengues da liderança, pelo que a receção ao rival da capital espanhola se reveste de importância reforçada para as aspirações finais. Um resultado que não seja a vitória, aliado a um triunfo do Barcelona, colocaria o Real a 10 ou 11 pontos do primeiro lugar, diferença difícil de recuperar e que poderia levar Ancelotti & Companhia a apontarem o foco para outras conquistas.

Já para o Atlético, qualquer ponto será fundamental na ambição de acesso à elite europeia na próxima época. Com 41 pontos, os colchoneros ocupam o quarto lugar, o último que garante entrada direta na fase de grupos da Champions, sendo que o Bétis vem logo atrás, com menos quatro e à espreita de um deslize madrilenos.

Este sábado, pelas 17:30, o espetáculo vai começar. Nas bancadas estarão mais de 60 mil pessoas - o recinto tem capacidade limitada devido às obras de remodelação de que tem sido alvo -, mas serão milhões - em Espanha e no resto do mundo - aqueles que estarão colados ao grande ecrã para acompanharem mais um capítulo de uma rivalidade que não deixa ninguém indiferente.