"Acho que fizemos algo de muito bom ao chegar aos quartos de final, mas independente disso queremos fazer mais. Talvez o nosso maior jogo no Mundial esteja pela frente, porque o Brasil é um dos grandes favoritos", disse Luka Modric.
"Temos que ser nós mesmos, dar o nosso melhor, como já fizemos em vários jogos. E se assim fizermos poderemos vencer. Temos nossa força e confiança em nós mesmos", acrescentou o médio.
Modric lembrou o histórico negativo dos croatas diante da canarinha, mas mostrou-se confiante. "Já enfrentámos o Brasil algumas vezes, mas ainda não vencemos. Eles têm jogadores fenomenais na defesa, no meio-campo e no ataque. Teremos de jogar muito acelerados, mantê-los sob controlo. E teremos que ser agressivos de alguma forma. Não podemos dar-lhes liberdade".
Apesar do desgaste sofrido diante do Japão, nos oitavos de final, jogo em que a Croácia precisou de jogar 120 minutos e só venceu nos penáltis, o jogador do Real Madrid sublinhou a resiliência da equipa, algo já visto no Campeonato do Mundo de 2018, prova em que os croatas superaram três prolongamentos até à final.
"Vamos ver... Cada jogo é único. Já pudemos demonstrar a nossa força física. E caso o jogo tenha que ser decidido nos penáltis, estamos preparados", assegurou.
Questionado sobre os elogios que lhe foram dirigidos por Vinícius Junior, companheiro de equipa nos merengues, Modric retribuiu. "É uma pessoa muito boa. Temos um excelente relacionamento. O Vinícius tem muita velocidade e talento, e desde que chegou ao Real Madrid mostrou isso. Temos uma tarefa difícil, que é pará-lo. Obviamente, posso dar conselhos aos meus companheiros, uma dica aqui e outra ali".
Dalic antevê mais uma "final"
Zlatko Dalic também destacou a dificuldade que constitui enfrentar a seleção brasileira. "Eu acredito que a partida que temos pela frente será a mais exigente. Posso compará-la com a final contra a França no último Mundial. O Brasil é muito forte e será um grande desafio para nós. Gostava que fosse mais à frente na prova, numa final. Mas a vida é assim".
O selecionador recordou o duelo entre o Brasil e a Sérvia, que a canarinha venceu com dois golos na segunda parte (2-0), para apontar a "armadilha" em que os sérvios caíram, alertando que é importante tirar uma lição desse encontro. "Ficaram nervosos. Foi um jogo único e depois do golo a Sérvia não conseguiu manter o ritmo. Não podemos entrar em pânico e em conflito connosco próprios".
Sobre a decisão de substituir Modric no prologamento contra o Japão, o Dalic justificou: "Tirei o Luka já com 100 minutos de jogo. Nós conversámos antes. Os jogadores do Japão estavam a correr distâncias longas. Acho que foi uma abordagem eficaz. E temos que cuidar dele. Graças à substituição, ele descansou mais e vai estar pronto para o jogo de amanhã".
Modric, por seu lado, comentou a possibilidade de se despedir da seleção no final do Mundial-2022. "Não estou preocupado com o futuro. Vamos ver. Estou 100% concentrado no jogo desta sexta-feira. Depois vemos o futuro. Não tenho um segredo para rejuvenescer. Só faço exercícios. Se alguém souber como se faz para rejuvenescer, que me diga por favor", brincou.