Seis de novembro de 2022. Valência, Espanha. Circuito Ricardo Tormo. Assim se escreve mais uma página brilhante na história do MotoGP, marcada por todas as decisões e várias despedidas. Se, por um lado, Pecco Bagnaia (Ducati) e Fabio Quartararo (Yamaha) iam decidir quem iria juntar o seu nome ao troféu de campeão do Mundo, por outro, Miguel Oliveira despediu-se da KTM e a Suzuki do MotoGP.
O decider começou com a grande maioria dos pilotos a partir com pneu duro à frente e médio atrás, fruto das condições climatéricas e do calor que assolou Valência. Jorge Martín (Pramac) partiu da pole position e, logo na saída, foi ultrapassado por Alex Rins (Suzuki).
Na segunda volta, Bagnaia e Quartararo lutaram pelo quinto lugar na pista e chegaram mesmo a tocar-se numa das curvas. A luta entre os dois melhores pilotos de 2022 estava bastante animada, com o italiano a colocar-se na rota do título.
Miguel Oliveira também arrancou bem e entrou no top-10 na terceira volta. Na volta nove, o falcão subiu mais uma posição, ultrapassando Luca Marini (VR46), e Bagnaia caiu para sétimo, ultrapassado por Brad Binder (KTM). Na curva oito da volta seguinte, Marc Márquez (Honda) caiu e abandonou a prova. O português começou a aproximar-se do italiano e a ultrapassagem foi consumada na volta 17, subindo ao sexto lugar.
À entrada para as últimas três voltas, Alex Rins rodava sozinho na frente e tinha a vitória praticamente assegurada. Quartararo estava a mais de um segundo do pódio, perdendo, assim, o título para Pecco, que se encontrava a gerir a corrida, em oitavo lugar. Miguel Oliveira mantinha-se no quinto posto.
E assim foi. Rins conquistou o GP Valência, Binder foi segundo, Martín terceiro, Quartararo quarto, Miguel quinto - despedindo-se da KTM com uma grande prova, em que subiu nove posições - e Bagnaia nono, resultado suficiente para dar à Itália o 21.º título mundial, o 26.º para construtores transalpinos. Pecco torna-se ainda no primeiro campeão do Mundo oriundo da academia de Valentino Rossi.