Nasser Al-Attiyah desafiou Carlos Sainz na quinta etapa do Rali Dakar com um método de ataque sem precedentes: abrir a pista num dia arriscado. A etapa desta quarta-feira (entre Al-Hofuf e Shubaytah) pode ser definida em duas palavras: do lado de Al-Attiyah, vitória. Do lado de Sainz (13.º), estratégia.
De um modo geral, as equipas partiram para a etapa 5 tendo em mente o novo contrarrelógio (a famosa maratona de 48 horas) que terá lugar a partir de quinta-feira.
O espanhol sabia que começar a etapa de quinta-feira na primeira posição seria difícil: as referências serão escassas (serão 580 quilómetros de areia e nenhum ponto de referência para as motos).
Neste contexto, é preferível partir um pouco mais atrás, a não ser que, como Al-Attiyah, o objetivo seja reduzir o tempo. A maioria das equipas seguiu a primeira linha: procurar um atraso, arrancar mais atrás na quinta-feira e evitar assim abrir a pista entre as dunas.
Ir a um ritmo diferente, sem gerar uma diferença significativa, era uma tarefa difícil. Sainz, no entanto, preferiu usar esta estratégia e permitir que Al-Attiyah vencesse. Peterhansel, da mesma forma, preferiu atrasar a sua entrada na etapa de quarta-feira e parou cinco minutos antes do final.
"Tentámos não ir depressa e parar lá no fim para ver se a estratégia para amanhã é a correta. Parámos um pouco, mas temos de esperar mais uns dias para ver se foi bom ou não", disse Sainz depois de chegar a Shubaytah.