Montreal é a corrida caseira para o bilionário canadiano, que disse à Reuters esta semana que esperava ver o seu filho Lance, que seria o primeiro canadiano a terminar no pódio em casa desde Jacques Villeneuve em 1996, e Alonso terminar nos três primeiros lugares.
Um Alonso otimista espera estar à altura das expetativas do seu patrão este fim de semana. "É um objetivo agressivo, mas conhecemos o Lawrence, a ambição dele é sempre muito elevada e vamos tentar fazê-lo feliz e orgulhoso no seu país", disse o duas vezes campeão mundial aos jornalistas na quinta-feira.
A cautela de Alonso é justificada. O espanhol e a Aston Martin tinham grandes esperanças para a última corrida, o Grande Prémio de Espanha, mas estas não se concretizaram, uma vez que Stroll terminou em sexto e Alonso em sétimo.
Em vez disso, houve uma Mercedes ressurgente que colocou a pressão, com Lewis Hamilton e George Russell em segundo e terceiro para ultrapassar a Aston Martin e assumir o segundo lugar na classificação dos construtores.
O degrau mais alto do pódio foi, mais uma vez, para a Red Bull, que, salvo imprevistos, deverá continuar a dominar o Circuito Gilles Villeneuve. O neerlandês Max Verstappen, bicampeão do mundo, venceu cinco das sete corridas disputadas até ao momento nesta temporada e procura a quarta vitória consecutiva para aumentar a sua já enorme vantagem de 53 pontos sobre o companheiro de equipa Sergio Pérez, vencedor das outras duas.
Alonso confia na Aston Martin
"Não há nada com que se preocupar", disse Alonso após o sétimo lugar em Montmeló. "Tínhamos expetativas em Barcelona e não tivemos um bom desempenho nessa corrida, por isso vamos ver. Temos algumas peças novas no carro para esta corrida e, dependendo do tempo, vamos tentar testá-las e validá-las e esperamos ser mais competitivos do que em Barcelona".
Com cinco pódios desde que se juntou à Aston Martin no final da época passada, Alonso está de novo em forma. Graças às melhorias que a equipa fez em Montreal, deve ter uma chance de terminar no pódio. Ao volante do Alpine no ano passado, Alonso começou na primeira fila ao lado do poleman e vencedor da corrida, Verstappen, mas terminou em nono.
"É preciso ter confiança no carro. Estamos muito perto dos muros e temos de ir para as bermas sendo muito agressivos", disse Alonso, referindo-se à sua abordagem ao circuito da ilha com o nome de Gilles Villeneuve. "A experiência é sempre boa e é o 17.º ou 18.º Grande Prémio, o que ajuda sempre".