Lewis Hamilton diz que Fórmula 1 é um desporto radical e que deve continuar assim

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Lewis Hamilton diz que Fórmula 1 é um desporto radical e que deve continuar assim

Lewis Hamilton, da Mercedes, durante a conferência de imprensa
Lewis Hamilton, da Mercedes, durante a conferência de imprensaReuters
A Fórmula 1 é um desporto radical e tem de continuar a sê-lo, afirmou o sete vezes campeão do mundo Lewis Hamilton, em resposta à preocupação com a segurança dos pilotos após o extenuante Grande Prémio do Catar, este mês.

O piloto da Mercedes disse aos jornalistas antes do Grande Prémio dos Estados Unidos que não se deve permitir que as corridas se tornem "demasiado suaves".

Hamilton abandonou a corrida em Lusail depois de uma colisão na primeira curva com o colega de equipa George Russell, que terminou a corrida e disse que a mesma tinha sido para lá do limite do aceitável.

"Não cheguei a sentir a dor que os pilotos sentiram, mas é óbvio que estou aqui há muito tempo e a Malásia (agora descontinuada) era muito mais quente do que aquela corrida e sei o que é perder quatro ou mais quilos numa corrida e mal conseguir ficar de pé", disse o britânico.

"Mas o meu sentimento em relação a isto é que este é um desporto radical. Não há maratonistas que desmaiam depois da corrida e dizem que deve ser encurtada. Este é um desporto radical e somos muito bem pagos pelo que fazemos", apontou.

Lewis Hamilton, da Mercedes, e Daniel Ricciardo, da AlphaTauri, durante a conferência de imprensa em Austin
Lewis Hamilton, da Mercedes, e Daniel Ricciardo, da AlphaTauri, durante a conferência de imprensa em AustinReuters

Hamilton disse que a sua perspetiva era a de que quando não se sentia bem depois de terminar uma corrida, interpretava isso como uma mensagem para treinar mais.

"Pessoalmente, não quero que encurtem as corridas e as tornem mais fáceis para nós. Quero que seja extremo, quero sentir a diferença, quero sentir dor no meu corpo... temos de ter cuidado com as mudanças que fazemos... é do género 'não vamos ficar demasiado moles'. É suposto sermos atletas de elite. Para sermos de elite, precisamos de ir ao limite", vincou.

Alguns dos que correram no calor de 08 de outubro acabaram à beira do colapso, com vómitos e gravemente desidratados após a bandeira axadrezada. Num dos casos, o estreante da Williams, Logan Sargeant, sentiu-se mal e desistiu da corrida.

Após o final, a FIA disse que estava a analisar a situação "para fornecer recomendações para futuras situações de condições meteorológicas extremas".

Lance Stroll, da Aston Martin, que admitiu quase ter desmaiado durante a corrida, disse aos repórteres na quinta-feira que precisou de "uns bons dias" até recuperar a 100%.