O ensaio, em Silverstone, tem estado a ser planeado desde o ano passado, mas adquiriu maior significado desde a morte, no passado fim de semana, do neerlandês Dilano van't Hoff, de 18 anos, numa corrida da série júnior em Spa-Francorchamps.

A McLaren e a Mercedes vão fornecer os carros de teste, um com e outro sem a modificação.

"É uma enorme questão de segurança neste momento e tem de ser resolvida. Não conseguimos ver nada em tempo de chuva forte", disse o canadiano Lance Stroll, da Aston Martin, aos jornalistas no Grande Prémio de Inglaterra.

"Lembro-me de muitas corridas nos últimos anos na Fórmula 1 em que não se consegue ver nada quando se está atrás de um carro e é extremamente perigoso... não devíamos estar a correr nessas condições. Se funcionar, (o guarda-lamas) tem de ser colocado nos carros o mais rapidamente possível. E se não funcionar, não nos devemos colocar em situações em que estamos a correr em condições em que não conseguimos ver".

Lando Norris, da McLaren, disse que a questão era "a maior preocupação de segurança neste momento na Fórmula 1" e que já era tempo de fazer alguma coisa. "É uma pena que tenhamos de ver uma consequência destas para que as pessoas percebam o que pode acontecer. Penso que é algo que precisa de ser feito. Por vezes, ver para onde estamos a ir ajuda", disse sarcasticamente.

O piloto da Haas, Kevin Magnussen, concordou e disse que os pilotos mais valia fecharem os olhos em algumas condições. "A visibilidade é zero e seria ótimo se isso pudesse ser melhorado significativamente", disse o dinamarquês.

Sergio Perez, da Red Bull, disse que o dispositivo pode ser um grande passo em frente. "Especialmente depois do que aconteceu no último fim de semana, penso que é algo que temos de melhorar", disse. "Por agora, penso que é importante que os diretores de corrida nos deixem correr apenas quando for seguro e toda a grelha conseguir ver alguma coisa".