O prodígio neerlandês, autor de uma época quase perfeita, com 13 vitórias, dez delas consecutivas - um recorde nesta disciplina - tem 177 pontos de vantagem sobre o companheiro de equipa mexicano Sergio Pérez, faltando apenas 180 pontos para o final do campeonato.
Salvo uma catástrofe, Verstappen sairá do emirado com o terceiro título, já que Pérez precisará de estar perto da perfeição no sprint de sábado e na corrida de domingo, duas provas noturnas, para o evitar, e para que tudo corra mal ao duplo campeão do mundo, algo que se afigura difícil dada a consistência do jovem piloto europeu ao volante do seu RB19 esta época.
"É bom chegar ao Catar com o título de construtores já no saco. O circuito é muito divertido, mas será um fim de semana complicado devido ao calor, o que poderá tornar as corridas mais interessantes. Posso ganhar o campeonato ao sprint e é esse o meu objetivo. Espero que seja um fim de semana que recorde durante muito tempo", disse Verstappen à chegada aos Emirados.
Pérez sob pressão
A Red Bull, que conquistou o título de construtores no último Grande Prémio do Japão, tem sido imbatível esta temporada e é a favorita para vencer a segunda edição do Grande Prémio do Catar, após a abertura da temporada de 2021, vencida pelo britânico Lewis Hamilton.
Mas se tudo parece sorrir a Verstappen, a temporada está a ser muito menos agradável para o outro piloto da equipa austríaca, com Pérez a precisar de marcar pontos para evitar ser ultrapassado na classificação por Lewis Hamilton (Mercedes), que já está a apenas 33 pontos do mexicano.
A corrida de sprint vai alterar todo o formato de um Grande Prémio de Fórmula 1: uma única sessão de treinos livres na sexta-feira à tarde, para conhecer o circuito, antes da qualificação para definir a grelha de partida para domingo.
O sábado será reservado para a sprint, com a qualificação primeiro e a corrida depois.
A McLaren, de volta às luzes da ribalta depois de um duplo pódio em Suzuka (Lando Norris foi segundo e Oscar Piastri terceiro), será o principal rival da Red Bull.
Três semanas após a sua inesperada vitória em Singapura, o espanhol Carlos Sainz aborda com prudência uma corrida em que a Ferrari precisa de aumentar a sua diferença de 20 pontos para a Mercedes na classificação dos construtores.
"No papel, o circuito de Lusail parece ser um teste difícil para o nosso carro", admitiu o chefe da Scuderia, Fréderic Vasseur.
O forte calor, com 35 graus à noite (e uma temperatura superior a 40 graus de dia), o novo asfalto do circuito e a maior ou menor aderência da pista, em função da presença de areia, serão elementos decisivos no resultado final.