No entanto, o rival do piloto neerlandês na Mercedes, George Russell, riu-se dos comentários, sugerindo que a ameaça de reforma pode ser apenas uma tática negocial para um contrato ainda mais lucrativo.
A Fórmula 1 publicou na quarta-feira um calendário de 24 corridas para 2024, que vai do início de março até dezembro e termina com duas provas triplas - três corridas em fins-de-semana sucessivos.
"É demasiado para mim, mas temos de lidar com isso", disse Verstappen aos jornalistas na antevisão Grande Prémio da Grã-Bretanha, onde vai tentar alcançar um recorde de 11 vitórias consecutivas para a equipa.
"Acho que é um pouco mais lógico da forma como está planeado, pelo menos, acho que é melhor para todos. Mais coisas têm de acontecer para que eu possa decidir se fico mais tempo ou não. Todas estas coisas não estão a ajudar, de certeza", apontou, sobre a distribuição de corridas.
O campeão criticou também o formato sprint e os regulamentos para os motores para 2026.
Verstappen, que tem contrato até ao final de 2028 e já disputou 172 Grandes Prémios desde a sua estreia em 2015, tem 81 pontos de vantagem sobre o colega de equipa mexicano Sergio Perez no campeonato de pilotos, ao fim de nove corridas.
O neerlandês venceu sete, incluindo as últimas cinco.
Russell, o último piloto sem ser da Red Bull a vencer uma corrida, com o triunfo no Brasil em novembro passado, gracejou ao dizer que Verstappen estava a "queixar-se porque quer mais dinheiro".
"Ele é o mais bem pago desta grelha e com razão pelo que está a conseguir, mas acho que é tudo uma grande tática, a ameaça de reforma. Espero que não o faça. Espero que ele fique enquanto eu ficar, porque quero lutar contra os melhores pilotos do mundo", acrescentou o britânico.