Nápoles critica adeptos após confrontos com a claque da Roma em autoestrada italiana

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Nápoles critica adeptos após confrontos com a claque da Roma em autoestrada italiana

Nápoles quer resolver conflitos entre adeptos à maneira inglesa
Nápoles quer resolver conflitos entre adeptos à maneira inglesaProfimedia
O Napoli condenou esta segunda-feira os seus "supostos adeptos" que provocaram o caos numa autoestrada italiana no domingo num confronto com os adeptos da Roma quando regressavam à cidade do sul da Itália depois de assistirem à vitória da sua equipa em Génova sobre a Sampdoria (0-2).

Ultras das duas equipas enfrentaram-se com violência na autoestrada A1 na tarde de domingo, depois de se encontrarem numa área de serviço na Toscana.

Chamada de "autoestrada do sol", a A1 vai de Nápoles a Roma e depois para Milão, no norte do país, onde a Roma enfrentou o atual campeão AC Milan tendo empatado 2-2 na noite de domingo.

"O Nápoles condena veementemente o comportamento dos supostos adeptos que, infelizmente, ainda vão ao futebol na Itália", disse o clube em comunicado.

"Aterrorizar, como aconteceu ontem (domingo) na autoestrada A1, pessoas que nem sequer são adeptos de futebol", pode ler-se no texto.

Vídeos publicados nas redes sociais pela televisão pública RAI mostraram dezenas de adeptos a confrontarem-se com sinalizadores, cintos e tacos de beisebol numa autoestrada com sirenes da polícia a soar ao fundo.

Segundo a polícia, citada por meios de comunicação italianos, os confrontos provocaram o bloqueio da autoestrada durante 50 minutos, originando engarrafamentos de até 15 quilómetros.

"Foi um ato sem sentido que colocou em grave perigo as pessoas que passavam numa das autoestradas mais importantes do país", disse Roberto Rossi, procurador-geral da região de Arezzo.

Os dirigentes napolitanos pediram medidas "drásticas e eficazes" para combater a violência no futebol na Itália, como a Inglaterra fez com os hooligans na década de 1980.

"É intolerável que pessoas violentas possam viajar sem serem incomodadas em Itália e que possam ir a estádios de futebol", cita o comunicado do Nápoles, atual líder do campeonato italiano.

O presidente da Federação Italiana de Futebol, Gabriele Gravina, apelidou o acontecimento de "vergonhoso", pedindo que "as instalações façam mais" para combater o problema.

"Estas pessoas não têm nada a ver com desporto e deveriam ser punidas", acrescentou.

Embora a questão da violência no futebol na Itália não seja tão grave quanto no passado, alguns episódios trazem à tona um problema que às vezes fica sem solução.

Em dezembro de 2018, um adepto foi morto atropelado por uma carrinha durante confrontos entre apoiantes do Inter e do Nápoles no estádio San Siro.