Neymar inscreveu, esta sexta-feira, o nome na história do futebol brasileiro. O golo apontado diante da Croácia foi o 77.º com a camisola do Brasil (em 124 jogos) e igualou Pelé como o melhor marcador da história da canarinha, um registo estabelecido há 51 anos quando o rei fez um tento diante da Áustria, em 1971, o último com a camisola da seleção que representou em 99 ocasiões.
Um feito que chega numa noite de dor para o Brasil, eliminado pela Croácia nos quartos de final do Mundial-2022 e que volta a lançar a questão em torno de Neymar. É que se o avançado do PSG está nivelado com Pelé no que toca aos golos, continua muito longe de deixar uma marca semelhante à do rei na canarinha, algo que muitos lhe adivinhavam quando começou a despontar no Santos em 2009, o mesmo peixe onde o nome maior da história do futebol brasileiro se tornou mito.
Se é verdade que o tricampeonato Mundial de Pelé (1958, 1962 e 1970) é um feito praticamente inalcançável, não deixa de sobressair o facto de Neymar não ter conquistado nenhum título de relevo com o Brasil. Fora a Taça das Confederações de 2013 e uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos, o avançado de 30 anos não tem mais nenhum troféu com a canarinha.
No Campeonato do Mundo fez parte do Brasil que chegou às meias-finais em 2014 e que acabou trucidado pela Alemanha (1-7), sendo que nessa partida estava lesionado e não participou. De resto, em 2018 e 2022 viu a equipa ser eliminada nos quartos de final. Um problema físico também o impediu de estar presente na Copa América de 2019, o último troféu internacional conquistado pela canarinha.
Com quatro anos até 2026, não é difícil de imaginar Neymar a fazer o Mundial com 34 anos, mas poderá aparecer como uma figura secundária em relação a nomes como Vinícius Júnior, Rodrygo ou Antony que começam a ganhar espaço e protagonismo. Ainda assim, poderá ser essa a última oportunidade de se aproximar do legado do rei Pelé.