O Campeonato do Mundo de 2026 será de várias mudanças. Primeira edição da prova a ser organizada por três países (Canadá, Estados Unidos da América e México), vai ser a maior até à data em termos de equipas (48), mais jogos (104) e mais tempo (39 dias).
A competição vai, também, ter um novo formato. Vão existir 12 grupos de quatro, com os dois primeiros classificados a avançarem para a fase a eliminar, bem como os oito melhores terceiros classificados. Quer isto dizer que a competição vai passar a ter uma semana extra, que vai implicar com os clubes: os jogadores vão ter de ser libertados 16 dias antes do arranque da prova que vai ter uma duração de 39 dias.
Resta também perceber como vai ser a divisão dos jogos. Originalmente, os Estados Unidos iam receber 60 jogos, com o Canadá e o México a ficarem com 10 cada, mas o número terá de ser ajustado.
Desgraça de Gijón afastou ideia original
A ideia original da FIFA era ter 16 grupos de três equipas, com os dois primeiros a avançar para a fase a eliminar (só 16 seleções ficavam eliminadas na fase de grupos). Contudo, um grupo técnico alertou para dois perigos: os jogos da última jornada podiam perder significado e significar um decréscimo de espectadores, e o perigo de resultados arranjados.
O melhor exemplo disto é a chamada Desgraça de Gijón. Em 1982, no Campeonato do Mundo que se realizou em Espanha, as partidas da última jornada ainda não eram todas disputadas à mesma hora. Assim, Alemanha e Áustria satisfizeram-se com um triunfo germânico por 1-0 que era bom para as duas equipas seguirem em frente e eliminarem a Argélia.