O triunfo no Catar constituiu o terceiro título mundial da Argentina, mas Emiliano Martínez foi o primeiro cidadão daquela cidade a sul de Buenos Aires a levantar o troféu. Até aqui, o tenista Guillermo Vilas era a personalidade local mais reconhecida no âmbito desportivo.

Recebido como um herói, Martínez mostrou aos presentes o galardão de melhor guarda-redes do torneio. "Não é apenas para mim, mas também para todos os jovens, pequenos guarda-redes que sonham conquistar a quarta estrela", disse.

"Isto é algo muito bonito, um guarda-redes ser reconhecido, porque é algo que geralmente se faz com os avançados", acrescentou o jogador, que aos 17 anos deixou a Argentina para se juntar ao Arsenal e que atualmente representa o Aston Villa, da Premier League.

Com reputação de especialista em desempates por penáltis, depois do sucesso na final da Copa América de 2021, diante do Brasil, Martínez voltou a brilhar em Doha, frente à França.

"Nos penáltis, torno-me forte e sei que as pessoas me respeitam, sei porque os jogadores adversários me disseram", revelou, antes de defender a estratégia que utiliza para importunar os oponentes antes de cada cobrança:

"Quando defendes o primeiro penálti na final de um Mundial, sabes que a outra pessoa ficará muito nervosa. Tento jogar com isso, tirar-lhes a bola um pouco mais, falar com eles", explicou.