No Stade de France, onde nas eliminatórias da manhã melhorou o recorde nacional, com a marca de 13,75 segundos – tempo que lhe teria dado a prata – Mamudo Baldé cronometrou 14,19 na prova decisiva.
O mais rápido na final foi o mexicano Juan Pablo Garcia (13,71), tendo o tailandês Athiwatd Paeng-Nuea ficado com a prata (13,79) e o finlandês Leo-Pekka Tahti com o bronze (13,86).
Num balanço da prova, Mamudo Baldé reconheceu ter arrancado devagar, o “que determinou o resultado da prova”, acrescentando: “Infelizmente as coisas nem sempre saem como esperamos, mas agora é cabeça para cima, porque só chega aqui quem trabalha e se esforça, e acho que um dia serei recompensado por isso”.
“Tenho que continuar a treinar os meus arranques, é ali o meu ponto fraco, infelizmente o resultado da manhã não condiz com o de agora”, disse o atleta, que tem espinha bífida.
Aos 19 anos, Mamudo Baldé refere que, apesar de estar já a competir a nível mundial, ainda tem muita margem de progressão e prometeu voltar daqui a quatro anos, em Los Angeles.
“Sinto que isto não foi uma derrota, foi um até já, em Los Angeles vamos ver-nos, vou estar mais forte e mais rápido, para dar um oizinho quando passar por eles”, afirmou.
Mamudo Baldé, atleta da Associação Jorge Pina, sai dos Jogos Paris-2024, que marcaram a sua estreia paralímpica, com um diploma nos 100 metros T54, depois de ter sido desclassificado nas eliminatórias dos 400 metros, nas quais se qualificou para a final, mas acbou por ficar de fora por ter pisado a linha.