"Não é concebível que (os atletas russos) marchem como se nada tivesse acontecido, ter uma delegação vir a Paris marchar enquanto as bombas continuam a cair na Ucrânia", disse à rádio France Info.
Hidalgo sugeriu que os atletas russos estejam em Paris para os Jogos como parte da equipa de refugiados estabelecida pelo Comité Olímpico Internacional (COI), opondo-se à participação dos mesmos como atletas neutros, como tem sido o caso em edições anteriores.
"Se os dissidentes russos querem marchar sob a bandeira de refugiados, eles serão refugiados, dissidentes, ou seja, não apoiam Vladimir Putin", explicou.
"Não vamos ter um país a marchar enquanto ataca outro e agir como se nada estivesse a acontecer. Não sou a favor de ter uma delegação russa enquanto a guerra estiver a decorrer", prosseguiu.
Na semana passada, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou ao COI a expulsão da Rússia dos Jogos Olímpicos Paris2024, dizendo que permitir a sua participação era o equivalente a dizer que o "terror é de alguma forma aceitável".
Também na semana passada, a Polónia disse que seria possível construir uma coligação de cerca de 40 países, incluindo os Estados Unidos, Reino Unido e Canadá, até 10 de fevereiro, que apoiasse a medida de bloquear a participação de atletas russos e bielorrussos.
A organização de Paris2024 já indicou que vai obedecer às regras ditadas pelo COI. No mês passado, a entidade disse que os atletas dos dois países, impedidos de participar nas qualificações europeias devido à guerra, poderiam ganhar o seu lugar através da qualificação asiática.
Caso o consigam, então vão competir em Paris como atletas neustros, seu bandeiras ou hinos, como parte das sanções do COI.