“Toda a gente me pergunta pelo Ancelotti, quando chega. No futebol a vontade dos adeptos, da imprensa é que seja tudo para ontem, mas estamos a fazer as coisas dentro dos nossos prazos e não de uma forma precipitada. Eu procuro ser alguém com ética, não vou abordar um treinador com contrato com clube. É preciso ser paciente, procurando uma conversa e reunião com quem preside o clube. Se recebermos o sinal positivo, partimos para uma conversa”, começou por explicar, falando do treinador do Real Madrid em concreto: “Ele não tem nenhuma proposta, mas estamos a acompanhar e tentar perceber se existe algum tipo de vontade. É o meu plano A e digo-o de forma muito aberta, não vale a pena esconder”.
Questionado sobre a opção por um treinador estrangeiro, Ednaldo Rodrigues justificou.
“Não estamos a desmerecer os treinadores do nosso país, existem alguns com muita competência. A escolha pelo Ancelotti é pelas conquistas, o facto de ser uma pessoa correta e vemos isso não só dos clubes, mas também pelo passado como jogador. Toda a gente que trabalho com ele diz ser uma pessoa aberta, culta, que valoriza e gosta do futebol brasileiro. Além disso está ambientado com os nossos atletas”, asseverou.
Sem treinador desde 9 de dezembro, quando Tite anunciou formalmente a saída após a eliminação do Mundial-2022 perante a Croácia, o Brasil só tem uma competição oficial em setembro, com o arranque da qualificação para o Mundial-2026. Situação que garante alguma vantagem na procura por um novo técnico.
“Gostava de chegar ao final de maio a dizer que temos um ou outro treinador, mas não é bem assim. Temos duas datas FIFA em junho, mas o campeonato espanhol termina por essa altura e a dia 10 de junho temos a final da Liga dos Campeões. Não vamos abordar ninguém enquanto estiver a disputar uma competição”, garantiu.