A Procuradoria-Geral da Coroa (CPS) explicou que já não existe "uma perspectiva realista de condenação", depois de testemunhas-chave do processo terem desistido de cooperar na investigação.

Mason Greenwood, de 21 anos, foi detido no final de janeiro de 2022 sob acusação de tentativa de violação e violência doméstica, e preparava-se para ir a julgamento este ano. O jogador do Manchester United não joga desde então, ou seja, há mais de um ano, mas, agora, o CPS deixou cair as acusações.

"Temos de manter os casos sob revisão contínua. Neste, uma combinação da retirada de testemunhas-chave e de novo material que foi conhecido levou a que já não exista uma perspectiva realista de condenação. Nestas circunstâncias, temos o dever de parar o caso", explicou um porta-voz da CPS.

"Explicámos a nossa decisão a todas as partes. Encorajamos sempre qualquer potencial vítima a reportar o seu caso à polícia e investigaremos sempre que o nosso teste legal seja cumprido", acrescentou.

Por seu lado, Michaela Kerr, diretora de proteção pública da polícia de Manchester, revelou que Greenwood "já não enfrenta procedimentos criminais em relação a este caso".

"A equipa de investigação tem permanecido em contacto regular com a equipa jurídica, fornecendo quaisquer atualizações de notas, o que leva a que se compreendam os fundamentos para a interrupção do processo nesta fase, ainda que esta decisão não tenha sido tomada de ânimo leve", vincou.

A responsável afirmou ainda que a polícia de Manchester não fará qualquer outro comentário sobre o caso, destacando, porém, "o compromisso" mantido na investigação de "alegações de violência contra mulheres e raparigas" e no apoio a "pessoas afetadas, independentemente das suas circunstâncias, durante o que pode ser um período difícil e perturbador para elas".

"Um número cada vez maior de agentes está a receber formação especializada e a polícia está a utilizar mais consistentemente as ferramentas disponíveis através do sistema de justiça criminal para manter as pessoas seguras e para cuidar das vítimas. Se sente que é ou pode ser uma vítima, por favor não deixe que este caso o adie e peça ajuda", alertou.