Rabiot, um nome que se tornou essencial na seleção francesa

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Rabiot, um nome que se tornou essencial na seleção francesa

Rabiot foi quem mais correu diante de Inglaterra
Rabiot foi quem mais correu diante de InglaterraAFP
Não foi titular indiscutível no Campeonato da Europa de 2020, disputado em 2021 devido à Covid-19, nem foi essencial na fase final da Liga das Nações, no ano passado. Agora, o estatuto de Adrien Rabiot mudou, bem como as circunstâncias. Mas o número 14 merece totalmente o que lhe está a acontecer.

Apenas trás de Aurélien Tchouaméni, Adrien Rabiot é, a par de Mbappé, o segundo jogador com mais minutos no Mundial: 387. Um registo elucidativo da importância que o médio da Juventus tem na estratégia de Didier Deschamps.

Contra a Inglaterra, Rabiot terá tido o seu pior desempenho desde o início do Mundial. Mas diante da Austrália, tal como fez com a Dinamarca e a Polónia, o médio da Juventus foi dos melhores em campo, tanto sem bola como em frente à área adversária.

Os números estão do lado de Rabiot

"Estou a atravessar um bom período. E isso tambémn chega porque cresci, estou mais maduro, o meu futebol evoluiu. É a melhor fase da minha carreira", afirmou Rabiot, em conferência de imprensa, antes do jogo dos quartos de final, com Inglaterra. Uma frase que faz sentido, sobretudo, se olharmos ao detalhe para a performance de Rabiot no Catar.

Antes do arranque do Mundial, Rabiot estava a dar nas vistas na Juventus de Allegri, até na Liga dos Campeões, onde bisou diante do Maccabi Haifa. Também na Serie A o médio francês estava a ser um dos melhores, apesar do coletivo desiludir. Ainda assim, as exibições foram suficientes para Rabiot chegar ao Catar com a dose de confiança certa para, logo a abrir, diante da Austrália, ter sido dos melhores jogadores de França.

Mapa de passes de Rabiot diante da Austrália
Mapa de passes de Rabiot diante da AustráliaOpta by Stats Perform

Rabiot foi essencial na vitória a abrir, com um total de 80 toques na bola. A sua influência foi caindo com o passar dos jogos mas o volume de jogo que passa pelos pés do médio, no coletivo de Deschamps, torna-o indispensável nas contas do selecionador francês.

O mapa de calor de Rabiot no jogo com Inglaterra
O mapa de calor de Rabiot no jogo com InglaterraOpta by Stats Perform

Adrien Rabiot é, a par de Tchouaméni, aquele que faz o trabalho sujo para os outros brilharem. Contra Inglaterra, o médio correu 11,5 quilómetros, mais 200 metros que o seu companheiro de meio-campo. Mas, acima de tudo, foi ele quem mais produziu, fisicamente, de toda a equipa francesa.

Contra Marrocos, França vai precisar, e muito, de Rabiot, tanto na transição ofensiva como impedindo os contra-ataques marroquinos.

A relação com Deschamps

"Ele desfez-se de coisas que incomodavam o seu jogo. O posicionamento podia limitá-lo psicologicamente mas, hoje em dia, é um médio completo, um jogador de equilíbrios", elogiou Didier Deschamps.

Antes do arranque do Mundial poucos apostariam neste papel essencial do médio na equipa francesa. Por um lado porque Rabiot nunca tinha mostrado esse potencial e, em segundo lugar, porque o peso de assumir esse papel é o peso de fazer esquecer Pogba ou Kanté. E, cinco jogos do Mundial depois, parece que Rabiot conseguiu superar ambos.

A relação do médio com o selecionador teve enorme peso na performance, e isso ficou bem evidenciado quando ambos estiveram na conferência de imprensa antes dos quartos de final com Inglaterra.

"Tivemos sempre uma boa relação, mesmo antes do que aconteceu no Mundial de 2018. Depois tivemos dois anos sme qualquer contacto. Quando regressei, falámos, discutimos e correu muito bem. Houve uma ligação muito boa de imediato e essa relação tem melhorado de jogo em jogo e, atualmente, estamos muito mais próximos", disse Rabiot.

Agora, os franceses esperam um Adrien Rabiot igual a si próprio neste Mundial, no duelo com Marrocos. E, talvez, na final do Mundial.