Está ser um início de temporada de sonho para Roger Schmidt. Com 28 jogos oficiais ao serviço do Benfica, o treinador alemão de 55 anos ainda não conheceu o sabor da derrota (cinco empates e 23 vitórias). Um sucesso que o antigo treinador do PSV creditou à forma como decorreu a integração em Lisboa.
“A qualidade de vida em Portugal, e em Lisboa particularmente, é muito alta. Eu já sabia disso, mas não fazia ideia que as pessoas te acolhem tão bem e tão rápido. Não foi preciso muito tempo para me entender com os jogadores e também conseguimos boas contratações. O sucesso cria confiança e depois acaba por entrar no ritmo. Como é que eu ia incutir ideias complicadas aos jogadores numa linguagem nova? Não dava e não fui capaz de aprender português em tão pouco tempo. A verdade é que quase todos os portugueses compreendem inglês e dos anos que levo no futebol, a tradução não é um problema”, explicou.
Um dos rostos mais visíveis do sucesso no Benfica foi o primeiro lugar conquistado na fase de grupos da Liga dos Campeões, deixando pelo caminho PSG, Juventus e Maccabi Haifa. Uma posição alcançada com uma goleada em Israel (6-1) que surpreendeu a Europa do futebol.
“O sorteio não foi simpático connosco e à partida não fazia diferença se íamos ser primeiro ou segundo, queríamos seguir em frente. Contudo, à medida que as coisas foram avançado e, sobretudo, depois dos dois jogos com o PSG, pensámos que era possível o primeiro lugar. Contudo, o cenário não era favorável. Ainda assim, tivemos a sorte de marcar os golos no nosso jogo na altura certa, porque faz diferença ser primeiro ou segundo, no sorteio. No fundo, mostrámos a nossa capacidade de nos concentrarmos num jogo de cada vez e em cada competição é assim que temos feito, tratar o próximo jogo como o mais importante”, concluiu.