O avançado português de 37 anos, considerado um dos maiores futebolistas de todos os tempos, tinha dito em Riade na terça-feira que queria jogar o mais rapidamente possível, começando com o jogo em casa contra o Al Taee, inicialmente marcado para quinta-feira e adiado para sexta-feira.
Mas Ronaldo, cujo contrato até junho de 2025 está estimado em 200 milhões de euros, é o nono jogador estrangeiro a assinar pela Al Nassr, ultrapassando o limite de oito estabelecido pela Federação Saudita de Futebol.
"O Al Nassr não o registou porque não tem uma vaga para um jogador estrangeiro", disse um funcionário do clube à AFP, sob anonimato.
"Um jogador estrangeiro tem que sair para Ronaldo ser registado, mediante uma transferência ou por rescisão mútua do contrato", acrescentou.
Os estrangeiros de Al Nassr incluem o guarda-redes colombiano David Ospina, os brasileiros Luiz Gustavo e Anderson Talisca, e o camaronês Vincent Aboubakar.
- Masharipov na porta de saída
Segundo a imprensa saudita, o médio centro do Uzbequistão Jalaluddin Masharipov é o mais provável de ceder o seu lugar ao cinco vezes vencedor da Bola de Ouro.
"Estão em curso as negociações sobre a venda de um dos jogadores, mas ainda não estão na fase final", disse outro funcionário do clube, confirmando que Ronaldo não tinha sido registado na quinta-feira, horas antes do jogo contra o Al Taee.
O jogo foi adiado para sexta-feira devido a "uma falha elétrica", segundo as autoridades.
Os responsáveis do Al Nassr não comentaram a suspensão imposta a Ronaldo em novembro, quando estava no Manchester United. O jogador foi suspenso por dois jogos por ter atirado o telemóvel de um jovem adepto durante uma derrota com o Everton.
Esta suspensão, decidida pelo comité disciplinar da Associação de Futebol Inglesa (FA), é extrapolada para o novo clube, independentemente do país, segundo a FA.
Recebido por 25.000 especadores no estádio Mrsool Park de Riade na terça-feira, Ronaldo disse que a sua chegada à Arábia Saudita não é o fim da sua carreira, mas uma nova etapa na procura de bater todo o tipo de recordes.
"Na Europa o meu trabalho acabou, ganhei tudo, joguei nos maiores clubes", disse ele.
A Amnistia Internacional expressou na quarta-feira a esperança de que o atacante português usasse o seu estatuto para falar sobre questões de direitos humanos no reino ultra-conservador.