Jogo contra o Midtjylland: "Para mim, os jogos são sempre perigosos, mas também considero que a competição faz crescer as equipas. Nesse aspeto, temos vantagem. Tivemos menos tempo para preparar o jogo em si, mas diria que, estando a competir com equipas como temos competido, temos essa vantagem. Depois, olhámos para o nosso adversário e vimos que tem um treinador que joga sempre em 4x3x3. Acho que não seremos surpreendidos na forma de jogar. Vimos de uma derrota, isso não ajuda na preparação de um jogo, mas vejo este como mais um jogo. Preparámos bem, demos muitas informações táticas para os jogadores irem confortáveis, e vamos preparados, com certeza. Vejo um jogo difícil, que vem motivada da Liga Europa e contra um adversário que está com dificuldades no campeonato e com um treinador a quem perguntam todas as semanas se vai embora. Mas estou confiante, como sempre, de que vamos vencer o jogo.
Acompanhe as incidências do jogo aqui.
Lições retiradas do clássico: "Vamos apresentar aquele que achamos que é o melhor onze para vencer o jogo. O futebol tem destas coisas, há fases… Geralmente, nos jogos, temos mais remates, mais posse de bola e mais oportunidades criadas, mas não estamos a conseguir marcar. E, não marcando, mas sofrendo, é difícil a equipa manter-se no mesmo registo. Usámos tudo o que aconteceu no jogo contra o FC Porto e, como não houve muito tempo, andámos para a frente. Vimos como joga o Midtjylland e passámos informação para o jogo seguinte, para que os jogadores não vão a pensar no jogo anterior. Retirámos o bom, aprendemos com o mau e preparámos o jogo da melhor maneira".
Sporting como possível candidato à conquista da Liga Europa: "Não vejo as coisas assim. Há clubes muito fortes na Liga Europa e os portugueses nunca são favoritos. O que queremos é ganhar o próximo jogo, da mesma forma que o digo no campeonato. O que temos de fazer é ganhar este jogo, preparar o próximo contra o Chaves e partir daí. O que eu quero é que os jogadores se sintam confortáveis quando entram no jogo e joguem o seu futebol".
Liga Europa como fonte de receita: "Em relação a receitas, esse é um problema da direção, percebendo também que já fizemos as vendas do ano passado e deste ano acautelando tudo isso. Depois, segundo sei, temos um orçamento em termos de ordenados que nos permite fazer contas mesmo sem a Champions. Não me parece que sejam as receitas da Liga Europa, que não são grandes - a não ser que pensemos em vencer a Liga Europa para irmos à Liga dos Campeões. Não quero pensar nisso, os jogadores não têm de pensar nisso. Temos de pensar neste jogo e não fazer grandes balanços da época".
Prova como "tábua de salvação": Não o é. Gostaríamos de ganhar um título, este ano está mais difícil, mas no final da temporada poderemos fazer o balanço deste e dos anteriores, também em comparação com os rivais. O que não escondo é que este ano está muito aquém nos objetivos e nem ganhar a Liga Europa vai salvar o que fazemos no campeonato, prova em que temos uma determinada responsabilidade. O campeonato não acabou, vamos fazer o balanço no fim e isto não é tábua de salvação. Temos de ganhar o jogo e, depois, planear as coisas como temos vindo a fazer. Não foi o facto de irmos à Liga dos Campeões que fez com que não vendêssemos os melhores jogadores. Estamos a planear o futuro metendo o Chermiti e o Fatawu, mesmo quando as pessoas não entendem tão facilmente".
Contrato de Chermiti: "O Youssef tem mais um ano de contrato e aí estamos salvaguardados. Depois, temos feito uma renovação com os miúdos, que temos vindo a reforçar. Estamos a fazer o mesmo com ele e não me preocupa nada, porque ainda temos mais um ano de contrato e porque todos eles sabem que aqui vão ter oportunidade. E, depois, somos o Sporting, eles cresceram cá e querem jogar no clube. Acho que está tudo controlado e, segundo sei, vai resolver-se em breve".
Situação no campeonato e na Liga Europa: "Podemos sempre fazer melhor e, como controlamos o nosso futuro na Liga Europa, tudo é possível. No campeonato, mesmo ganhando todos os jogos, não dependemos de nós. Na Liga Europa, alguma coisa pode acontecer. Mas, neste momento, queremos ganhar este jogo e, depois, preparar o Chaves e os jogos seguintes".
Possível alteração tática: "Não há nenhuma baixa de última hora. O Morita continua à parte, mas acho que para Chaves já estará apto. Em relação ao sistema, temos vindo a ter nuances na equipa que mudam a forma de jogar. Às vezes defendemos com lateral subido que transforma em 4x4x2. Já jogaram muitas vezes dois avançados e isso não muda o sistema, porque eles conseguem jogar de acordo com as características. No ano passado, chegámos a ter Paulinho e Slimani a jogar juntos, desta vez foi o Youssef (Chermiti) e o Paulinho. Sendo sincero, mesmo o Trincão jogou muito subido e não devia, vamos ajustando… Os mesmos jogadores podem fazer vários sistemas durante um jogo. Temos um sistema em 3x4x3 que se adapta a 4x4x2 ou 4x3x3. Tivemos jogos em que o Nuno Santos não ia tanto à linha defensiva e isso é um 4x4x2. Vejo o jogo mais assim. Acho que o nosso sistema se adapta a tudo e vamos começar a fazê-lo, mas é preciso que os jogadores se mantenham muito tempo com o mesmo clube e o mesmo treinador. Porque estamos a trabalhar uma linha de cinco e depois uma de quatro e, entretanto, chegaram o Bellerín e o Diomande. Estamos sempre a dar passos atrás para ir para a frente e, depois, eles sentem dificuldades porque já não estamos na base.
Utilização de Diomande e rotação da equipa: "O Diomande está pronto para jogar, depois veremos consoante as características de cada semana. Mas acredito que em breve vai ter oportunidade de jogar a titular, porque está muito bem e mais que preparado para jogar. É muito adulto. A rotação não sou eu que a faço, são os jogadores. Depende de como estiverem e das características do jogo".
Revelação de Jakub Jankto, jogador checo que assumiu a sua orientação sexual: "Pela minha experiência, não diria que há descriminação. Acho que é tabu, nunca tive um caso semelhante, mas acho que não haveria descriminação. No mundo atual, numa sociedade tão aberta, vejo isso com normalidade. Tenho dois filhos, não sei o que vai acontecer amanhã e seria algo que não me envergonharia".
Agressões aos jornalistas após o clássico: "O clube já condenou. Não tem lugar no futebol, não queremos isso no futebol, não faz sentido e não nos faz crescer. O futebol é um mundo de emoções, mas isso é grave e deve ser erradicado".