Depois da goleada ao Farense, o Sporting defronta o Rio Ave (quarta-feira, 20:30 horas), na segunda jornada do Grupo B da Taça da Liga. Em caso de vitória, os leões podem desde já assegurar a passagem aos quartos de final da competição.
Rúben Amorim reconheceu essa situação, mas reiterou a importância de fazer uma boa exibição diante de um adversário complicado.
"É um jogo decisivo, ou pode ser decisivo, mas o que queremos é continuar a jogar bem e não sofrer golos, contra uma equipa que tem muito boas dinâmicas e consegue ser sempre perigosa dentro da sua ideia. Tem um treinador que gosto muito (Luís Freire) e vamos ter de ter atenção a um conjunto que está a crescer, que joga em casa e quando se fala de taça vai ter uma ambição ainda maior. É um campo difícil, em que não sabemos se vai estar vento e isso pode afetar as duas equipas. Mas temos de ganhar, ir para a quarta vitória consecutiva, que neste grupo não é nada, porque já tivemos longas series de vitorias no passado e temos de voltar a e esse normal. Prevejo um bom jogo”, explicou.
Uma partida na qual já vai poder contar com Manuel Ugarte. O médio esteve nos convocados do Uruguai para o Mundial-2022 e já regressou a Alcochete depois de não ter somado qualquer minuto no Catar.
“O Morita (Japão) ainda vai estar uns dias para recuperar. O Coates fez alguns jogos e, portanto, só vem na quinta-feira, depois do jogo. o Ugarte veio mais cedo porque precisa de ter alguns minutos e vai ser convocado. Com o desenrolar da partida logo vemos o que é melhor, porque o importante é vencer, mas se podermos juntar as duas coisas é bom”, revelou, deixando elogios particulares a Morita e ao desempenho do Japão, eliminado nos oitavos de final: “Acho que não esteve no primeiro jogo por lesão, mas depois fez todos e correu muito. O Japão não me surpreendeu, tem um bom coletivo, mas às vezes falta um jogador que decida o jogo. Joga mais baixo, em transições, e isso não ajuda muito às características do Morita, que tem de defender mais, mas ele esteve dentro do que é o nível dele. Acima de tudo vem com andamento e isso é importante. O Ugarte é claramente uma preocupação, porque nota-se uma quebra de intensidade em que temos de voltar a construir, tal como o Fatawu (Gana)”.
Quem tem lugar garantido no onze é Antonio Adán, que volta a assumir a baliza depois de Franco Israel ter atuado na primeira jornada.
“Adán vai jogar este jogo, porque são muitos jogos sem jogar. Decidimos jogo a jogo, mas neste caso percebemos que não pode ficar tanto tempo sem joga, principalmente num posto como guarda-redes que tem de sentir a baliza e a equipa.. O próximo ainda não sei, com o SC Braga também não”, atirou.
Ausente estará Jeremiah St. Juste, novamente a lutar com problemas físicos. O central neerlandês mereceu umas palavras do técnico leonino.
“É uma fase complicada, é fácil para mim perceber o que ele esta a sentir, porque também passei por muitos problemas físicos na carreira. Tem sido difícil para ele gerir essa parte, mas é muito positivo. Sofreu bastante nesta última, já está a recuperar e o que lhe disse é que vamos encontrar o equilíbrio, que ele entre numa fase de bastantes jogos e que estes azares vão desaparecer com naturalidade, o importante é que a qualidade está lá, tem muita também humana”, concluiu.
A missão de Rúben Amorim
Rúben Amorim renovou, recentemente, contrato com o Sporting até 2026. Questionado se sentia preparado para mais uma eventual revolução no plantel, o treinador de 37 anos mostrou-se convicto e revelou alguns dos motivos que o levaram a firmar novo vínculo com os leões.
“Eu sinto-me preparado para tudo. Eu quero é que o Sporting chegue a um ponto que se possa manter os jogadores. Eu sei montar uma equipa, tenho uma ideia muito clara e nunca penso que não estou preparado. Tenho, sim, muita coisa a melhorar. Eu gosto de estar cá, e não sou ingénuo, sei que se calhar não vai ser comigo que essa fase vai acontecer (de manter os jogadores), porque ainda falta um longo caminho, mas quero ser parte importante. Gosto de estar no Sporting, de trabalhar com gente como o Hugo Viana (diretor-desportivo) e às vezes tem mais valor que outras coisas e eu tenho tempo para vivenciar outras realidades”, frisou.
Caso Cristiano Ronaldo
Em dia de jogo da Seleção Nacional, diante da Suíça, Rúben Amorim foi questionado sobre o caso de Cristiano Ronaldo. O avançado português foi repreendido publicamente por Fernando Santos após as palavras que dirigiu para o banco no duelo com a Coreia do Sul e tem-se especulado sobre a titularidade esta terça-feira.
Como lidar com um caso destes? O treinador leonino deixou a resposta em aberto.
“Não sei bem o que se passa lá dentro, mas acho os grupos não variam assim tanto. São casos que acontecem em todas as equipas e os treinadores têm a sua maneira de resolver. É uma questão normal, os jogadores passam-se, dizem isto e dizem aquilo. Acontece em todos os grupos e o foco tem de ser ganhar à Suíça. Não existe certo ou errado na forma de lidar com isto, depende do grupo. Não dou grande importância a isso”, concluiu.